Por que entorno de Haddad defende a retirada precoce de Campos Neto do comando do BC

Campos Neto também defende a antecipação da indicação de seu sucessor para garantir uma transição suave e evitar incertezas que possam afetar a economia

Montagem mostra ministro Fernando Haddad e presidente do BC, Roberto Campos Neto | Montagem/MeioNews
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A equipe econômica do governo Lula (PT) enxerga a mudança de comando no Banco Central como uma segunda transição, semelhante à que ocorreu em 2022 quando Lula assumiu a presidência e começou a definir seu ministério e medidas econômicas. A incerteza gerada por essa transição tem refletido nos ativos financeiros, contribuindo com cerca de R$ 0,15 na cotação do dólar, que fechou a R$ 5,604 na sexta-feira (19). Para minimizar os impactos dessa incerteza, há uma defesa pela antecipação da indicação do sucessor de Roberto Campos Neto, cujo mandato termina em 31 de dezembro.

Ministro Fernando Haddad e presidente do BC, Roberto Campos Neto - Foto: Reprodução

Gabriel Galípolo desponta como favorito

A indicação precoce do novo presidente do BC, prevista para entre agosto e outubro, é vista como um passo importante para fornecer sinais claros sobre o futuro da política monetária. Gabriel Galípolo, atual diretor de Política Monetária do BC e conselheiro de Lula durante a campanha presidencial de 2022, é apontado como o provável sucessor. Seu nome conta com a simpatia do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e a antecipação da sua indicação poderia ajudar a reduzir a percepção de risco entre os agentes do mercado financeiro.

Campos Neto também defende a antecipação de sua saída

Campos Neto também defende a antecipação da indicação de seu sucessor para garantir uma transição suave e evitar incertezas que possam afetar a economia. Segundo a lei da autonomia do BC, em vigor desde 2021, cabe ao presidente da República indicar os nomes para a cúpula da autoridade monetária, que devem ser aprovados pelo Senado. A antecipação desse processo garantiria tempo hábil para que os indicados sejam sabatinados pelos senadores antes do recesso de fim de ano.

Ministro Fernando Haddad e presidente do BC, Roberto Campos Neto - Foto: Reprodução

Além do sucessor de Campos Neto, Lula terá que indicar mais dois novos diretores para cargos na instituição, cujos mandatos também terminam em dezembro. A expectativa é que os indicados pela administração petista passem a ser maioria no colegiado que decide sobre a política de juros do país, o que pode influenciar significativamente o rumo da economia em 2025. Na equipe econômica, há confiança de que, com o tempo, essa transição se desenvolverá de forma a estabilizar as expectativas e reduzir a incerteza no mercado.

Para mais informações, acesse meionews.com

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