Quando têm a opção de pesar o salário em uma escolha profissional, funcionários tendem a se esquecer de quanto o seu trabalho pode (ou não) ser prazeroso. Este é o resultado de um estudo recente, conduzido por pesquisadores da Duke University, nos Estados Unidos e da Stirling University, na Escócia.
Parte da pesquisa foi realizada junto a 74 estudantes de administração. A eles, foi dada a opção de passarem cinco minutos fazendo absolutamente nada (sem poder ter acesso a computadores ou celulares) ou, em vez disso, usar o tempo para fazer um caça palavras. Aqueles que escolhessem o ócio, ganhariam 2,50 dólares por hora.
A maioria dos alunos (66%) achou mais interessante realizar o desafio. Porém, destes, 82% só concordaram em completar o caça palavras se recebessem mais do que aqueles que haviam optado por ficar sem fazer nada.
Apesar disso, passados os cinco minutos, foi perguntado aos estudantes o quanto eles tinham gostado da experiência. Aqueles que haviam optado por fazer o jogo, tinham aproveitado muito mais aquele tempo, segundo contou Peter Ubel, professor da Duke University e um dos autores do estudo, à radio norte-americana NPR.
Isso significa que, "se você colocar a questão dos salários na frente das pessoas, de repente ela se torna uma preocupação primordial. Elas focam mais no que entendem como uma compensação justa, do que nos aspectos não monetários do trabalho, tais como o valor social ou até mesmo se a tarefa é interessante", disse Ubel em nota no site da Duke University.
As constatações dos pesquisadores podem indicar que, no caso de empresas em que pagar gordos salários não é a alternativa mais palpável, uma ferramenta de atração e retenção de talentos eficiente pode ser: primeiro oferecer uma boa gama de benefícios, para depois falar em dinhero.