Poupança da Caixa já soma R$ 100 bilhões

Instituição é responsável por 35% do saldo existente no mercado.

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A Caixa Econômica Federal divulgou nesta quinta-feira (23) que o saldo das contas da caderneta de poupança na instituição chegou a R$ 101 bilhões em julho de 2009.

Esse valor representa um crescimento de 19,67% em relação ao mesmo período do ano passado, quando chegou a R$ 84,4 bilhões. Segundo o banco, de janeiro a primeira quinzena de julho foram abertas 1,8 milhão de novas cadernetas, passando para 37,9 milhões de contas.

A Caixa abre em média 300 mil contas por mês. Segundo a presidente do banco, Maria Fernanda Ramos Coelho, o que torna a poupança atrativa é a remuneração dos saldos (TR + 6% a.a.), que não sofre tributação.“O produto é isento de tarifa de manutenção e não possui valor mínimo para sua abertura. São aceitos depósitos em qualquer dia do mês e não há incidência de IRPF”, disse.

A Caixa esclarece que para abrir uma conta poupança basta apresentar os documentos de identidade, CPF e comprovante de endereço em qualquer agência.

Banco Central

No último balanço divulgado pelo Banco Central, em junho, a caderneta de poupança voltou a registrar ingresso de recursos. No mês passado, os depósitos em cadernetas de todo os bancos superaram as retiradas em R$ 2,08 bilhões na modalidade de investimentos - a maior entrada líquida deste ano.

Em maio, a caderneta de poupança já havia registrado aporte de recursos, após dois meses de retiradas. Já em junho, segundo o BC, os depósitos de recursos em caderneta de poupança somaram R$ 82,62 bilhões, enquanto as retiradas totalizaram R$ 80,53 bilhões, resultando na entrada líquida de R$ 2,08 bilhões. No fim de junho, o saldo da caderneta, ou seja, todos os recursos que estão aplicados na modalidade, somou R$ 282,18 bilhões. No fim de maio, estava em R$ 278,56 bilhões, e no fechamento de 2008, totalizou R$ 270,44 bilhões.

Mudanças na poupança

O retorno dos investidores à caderneta de poupança, a mais popular modalidade de investimentos do país, acontece após a divulgação da proposta do ministro da Fazenda, Guido Mantega, de taxar aplicações acima de R$ 50 mil a partir do ano que vem. Segundo ele, isso deixará de fora os pequenos poupadores. Segundo dados da equipe econômica, 99% dos poupadores não tem saldo acima de R$ 50 mil nesta modalidade de investimentos.

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