Pré-sal deve ampliar papel do Brasil no mundo, diz Dilma

Ministra tentou minimizar a polêmica relativa à distribuição de royalties

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Dirigindo-se aos integrantes do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, disse nesta terça-feira (29) que o governo aproveitará as riquezas obtidas com a exploração do petróleo da camada pré-sal para elevar a importância do Brasil frente aos demais países.

"Queremos ampliar o papel econômico e geopolítico do Brasil no cenário internacional", disse a ministra. Ela afirmou ainda que a renda obtida deve ser aproveitada para expansão dos instrumentos de combate à pobreza, investir em educação, ciência e tecnologia, além de fortalecer a indústria nacional. Segundo Dilma, pré-candidata à sucessão presidencial pelo PT, projeções da Petrobras estimam que mais da metade dos investimentos em projetos do pré-sal ficarão no país.

"Dos investimentos relacionados a projetos no país, cerca de 64% serão colocados junto ao mercado fornecedor local, levando a uma média anual de colocação de US$ 20 bilhões", afirmou. "A situação máxima que nós chegamos foi de US$ 12 bilhões."

Dilma disse que o governo deve ter uma política industrial específica para o setor, não porque a atual administração tem um viés "estatizante", mas para incentivar a indústria nacional. "Vamos ter uma política de conteúdo nacional que vai depender da nossa capacidade de internalizar e transformar essa demanda em empregos brasileiros e tecnologia nacional", comentou. A ministra tentou minimizar a polêmica relativa à distribuição de royalties entre os Estados.

"O que é significativo no pré-sal é a renda petrolífera gerada", comentou. "Se o royalty era decisivo no modelo de concessão, no modelo de partilha ele é importante, mas a renda do petróleo é decisiva", acrescentou, lembrando que esses recursos contemplarão todos os brasileiros e Estados por meio do fundo social que será criado a partir de projeto de lei a ser aprovado pelo Congresso.

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