O preço da cesta básica subiu em novembro em 15 das 17 capitais pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Em outubro, tinha sido registrada alta em 10 das 17 capitais pesquisadas.
Segundo o levantamento divulgado nesta segunda-feira (5), as principais altas no mês de novembro ocorreram em Vitória (4,73%), Fortaleza (3,91%) e no Rio de Janeiro (3,86%). Houve queda apenas em Aracaju (-0,49) e em Salvador o valor permaneceu estável.
A pesquisa é feita em Porto Alegre, Curitiba, Vitória, Belém, Manaus, Goiânia, Brasília, Belo Horizonte, Rio de janeiro, Florianópolis, São Paulo, Aracaju, João Pessoa, Recife, Salvador, Fortaleza e Natal.
Com aumento de 0,83% no mês, Porto Alegre continua sendo a cidade onde os gêneros
alimentícios essenciais custaram mais caro, quando comparados com as demais localidades
pesquisadas. Em novembro, na capital gaúcha, a cesta custou R$ 279,64. Em São Paulo, onde os produtos básicos tiveram aumento de 3,50%, a cesta registrou o segundo maior valor (R$
276,31), seguida por Florianópolis (R$ 268,57), Vitória (R$ 263,21) e Rio de Janeiro (R$
261,69). João Pessoa (R$ 198,26) e Aracaju (R$ 181,79) foram as únicas capitais onde os
produtos básicos custaram menos de R$ 200,00.
Produtos
Carne bovina e tomate foram os produtos que tiveram aumento mais generalizado, em
novembro, com alta em 15 capitais; o arroz e o café subiram em 14 cidades, no mês.
A carne, produto de maior peso na composição da cesta, subiu 6,97% em Vitória e 4,72% em Florianópolis e Fortaleza. Houve queda em Salvador (-2,55%) e Porto Alegre (-2,11%).
O tomate apresentou significativa elevação mensal no Rio de Janeiro (28,69%), Fortaleza
(24,84%), Curitiba (20,85%) e Vitória (20,82%).
Em relação ao arroz, as cidades com maior alta mensal foram Fortaleza (3,55%) e Vitória (3,40%). Em Belém (-0,78%), Rio de Janeiro (-3,35%) . Para o café, as maiores taxas mensais verificaram-se em Manaus (6,81%), Brasília (6,35%) e Porto Alegre (6,02%).
Variações acumuladas no ano
De janeiro a novembro deste ano, 15 das 17 capitais pesquisadas tiveram altas nos preços
dos alimentos básicos. As maiores foram registradas em Florianópolis (12,78%), Porto Alegre (10,90%) e Vitória (9,05%). Apenas Goiânia (-0,40%) e Natal (-6,28) registraram diminuições no valor da cesta.
Salário mínimo
Para novembro, o valor do salário mínimo necessário para as despesas de um trabalhador e sua família foi calculado pelo Diesse em R$ 2.349,26, o que corresponde a 4,31 vezes o mínimo em vigor, de R$ 545,00, valor superior ao de outubro (R$ 2.329,94).
A jornada de trabalho necessária para quem ganha o salário mínimo adquirir a cesta
básica foi, em novembro, de 96 horas e 13 minutos. Em outubro, a mesma compra requisitava o
cumprimento de 94 horas e 04 minutos, e em novembro de 2010 exigia 98 horas e 12 minutos.