A cesta básica ficou mais cara em 17 das 18 capitais onde o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) faz a pesquisa mensal de preços. A exceção foi Goiânia (GO), onde houve retração de 0,22%, mas em Natal (RN) o aumento foi de 12,09%. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (5).
O aumento da cesta básica refletiu principalmente a alta de produtos como o leite - que subiu em 16 capitais -, do tomate - também com alta em 16 capitais - e do feijão - que teve aumento em 15 das cidades pesquisadas.
Na capital do Rio Grande do Norte, onde houve a maior variação, o preço da cesta básica ficou em R$ 223,22, o que representa 47,57% do salário mínimo federal (R$ 510) já considerado o desconto da contribuição para a Previdência - o que resulta em um valor líquido de R$ 469.
O maior valor em reais, no entanto, foi o registrado em Porto Alegre (RS), R$ 268,72 - o que representa um aumento de 4,53% no mês passado. Levando em conta esse valor, o menor salário pago no país deveria ter sido, em abril, de R$ 2.257,52, ou 4,42 vezes o valor atual do mínimo e é quase R$ 100 maior que o valor registrado para março (R$ 2.159,65).
O salário mínimo, pela Constituição do Brasil, deveria suprir as despesas de um trabalhador e sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência.