O preço da gasolina para o consumidor final deverá subir 4,4%, segundo afirmou nesta quarta-feira (30) o ministro da Fazenda, Guido Mantega, durante o Encontro Nacional de Novos Prefeitos e Prefeitas, em Brasília.
Na véspera, a Petrobras havia anunciado uma alta de 6,6% no preço da gasolina nas refinarias e de 5,4% no diesel, a partir desta quarta-feira. O aumento era esperado pelo mercado diante da defasagem dos valores dos combustíveis no país em relação às cotações internacionais.
O reajuste provavelmente não eliminará a defasagem, mas dará fôlego para a Petrobras desenvolver seu bilionário plano de investimentos.
"Esse reajuste foi definido levando em consideração a política de preços da companhia, que busca alinhar o preço dos derivados aos valores praticados no mercado internacional em uma perspectiva de médio e longo prazo", afirmou a estatal em comunicado na terça-feira (29).
Inflação
Segundo Mantega, o governo espera que a alta na gasolina tenha um impacto de 0,16 ponto percentual no IPCA (Índice de Preços ao Consumidor), índice oficial da inflação utilizado pelo governo como medida para o sistema de metas inflacionárias. Em 2012 o IPCA fechou o ano a 5,84%, distante do centro da meta, de 4,5%, mas ainda abaixo do teto, de 6,5%.
Em janeiro, o IPCA-15 -índice conhecido como prévia da inflação oficial- fechou o acumulado dos últimos 12 meses em 6,02%, acelerando 0,88% no mês.