Preço do gás de cozinha cresce 24% e chega a R$ 50 em Teresina

9% do dissídio coletivo feito pelo Sindicato dos Revendedores

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R$ 50. Este é o valor que muitos teresinenses pagavam na compra do gás de cozinha. Com o reajuste de 24%, o preço do produto pode chegar até R$ 57 ou mais, dependendo do revendedor.

O aumento é referente ao reajuste de 15% feito pela Petrobras e outros 9% do dissídio coletivo feito pelo Sindicato dos revendedores de Gás Liquefeito de Petróleo do Piauí (Sindirgás).

O aumento da Petrobras era inesperado pelos revendedores de gás para uso residencial, envasado em botijões de até 13 kg (GLP P-13). Segundo Carlos Wellington Nunes Ferreira, presidente do Sindirgás, os dois aumentos já foram repassados para as revendedoras.

No momento da compra, os distribuidores já irão adquirir com novo preço. “Por isso que eles já devem formular seus novos valores, porque também comprarão mais caro”, destaca o presidente.

O reajuste de 9% estava previsto para este mês, quando acontece o dissídio coletivo da categoria, e é voltado para reposição dos custos em relação a inflação e também para o aumento no preço do combustível e outros aumentos relacionados a esta atividade.

“Infelizmente, ontem foi anunciado o novo aumento pela Petrobras, que não era esperado, então, somando os dois, o reajuste pode chegar a 24%”, acrescenta Carlos Wellington.

Com o reajuste, o preço do gás pode continuar variando, pois ele é livre. Geralmente, cada distribuidora estabelece o valor de acordo com seus custos.

Nos revendedores que vendem a R$50,00, por exemplo, o preço pode ser de R$ 55 até R$ 57. Na revendedora de Manoel do Nascimento da Costa, o preço deve crescer na semana que vem.

Segundo ele, assim que seu estoque acabar, que for necessário adquirir o produto com preço mais alto, ele vai deixar de vender com o preço antigo.

“Hoje vendo a R$ 50. Mas na semana que vem, quando acabar o estoque, vou estabelecer outro preço”, comenta ao frisar que espera uma queda na venda do produto.

“Em todo aumento existe queda e, no nosso caso, o cliente passará a pesquisar mais antes de comprar. Enquanto ele encontrar o produto com o preço velho, ele vai comprar”, completa.

Transporte irregular gera venda clandestina

Em Teresina, a venda de gás é 90% concentrada na entrega, ou seja, a pessoa liga e o entregador vai até a residência fazer a troca do botijão seco por um cheio. Esta prática vem gerando o aumento na clandestinidade deste serviço.

De acordo com o presidente do Sindirgás, o transporte irregular está sendo muito utilizado para a venda de gás. "As pessoas não pegam mais o botijão e vão comprar, o que termina facilitando o mercado clandestino, porque a pessoa não sabe de onde está vindo", coloca Carlos Wellington.

Para diminuir a incidência destes casos, o Sindicato tem divulgado, através das mídias, algumas observações que devem ser tomadas pelos consumidores.

"Eles têm que verificar se o entregador está fardado, se a moto é padronizada, se tem identificação da empresa que ele pediu e verificar também o lacre do botijão, se está violado ou não", conclui o presidente.

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