As tempestades que assolaram o estado do Rio Grande do Sul deixaram um cenário alarmante de destruição e prejuízos em diversas frentes, conforme aponta a análise da Confederação Nacional de Municípios (CNM). De acordo com os cálculos, os danos financeiros totais decorrentes dos eventos climáticos já ultrapassam a marca dos R$ 275,3 milhões.
SETORES MAIS AFETADOS: Dentro desse montante, o setor público é afetado em aproximadamente R$ 59,9 milhões, enquanto a infraestrutura demanda cerca de R$ 29,5 milhões somente para a reconstrução de pontes, estradas, calçamentos e sistemas de drenagens urbanas.
ESTRAGOS: Além disso, foram contabilizadas perdas nos serviços de saneamento básico, abastecimento de água e limpeza urbana. No que tange à habitação, os estragos são particularmente expressivos, com prejuízos que superam os R$ 115,6 milhões, refletidos na devastação de aproximadamente 10.193 residências.
PRIVADO: O setor privado também não escapou dos impactos, tendo estimadas perdas na ordem de R$ 99,8 milhões. Esses danos se distribuem entre os segmentos agrícola, industrial, pecuário e comercial, afetando significativamente a economia local.
O QUE ACONTECEU: Caracterizadas como o pior desastre da história do estado, as tempestades resultaram na queda de pontes, destruição de calçamentos e deixaram 19 barragens em estado de alerta. Além dos danos materiais, a tragédia também causou perdas humanas, com relatos de mortos, desaparecidos, desalojados e desabrigados.
IMPACTOS: Até o momento, 235 municípios gaúchos foram impactados pelos eventos climáticos, com 86 deles já tendo formalizado decretos de situação de emergência junto ao Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional. A reconstrução e recuperação das áreas atingidas demandarão esforços conjuntos e recursos significativos.