A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo ? 15 (IPCA-15), considerada uma prévia da inflação oficial usada nas metas do governo, acelerou para 0,48% em outubro, após subir 0,27% em setembro, de acordo com divulgação desta sexta-feira (18) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No ano, o indicador acumula alta de 4,46 % e, em 12 meses, de 5,75%, abaixo do teto da meta de inflação do Banco Central, de 6,5%. Em outubro do ano passado, o IPCA-15 havia ficado em 0,65%.
A pesquisa atribui o avanço do indicador à variação de preços das despesas com alimentação, que avançaram de 0,04% para 0,70%, e com habitação, que subiram de 0,53% para 0,67%. "Juntos, os grupos alimentação e bebidas, cujo impacto foi de 0,17 ponto percentual, e habitação, com 0,10 ponto percentual, responderam por 56% do índice do mês", disse o IBGE.
Dentro do grupo de alimentos, o preço das carnes mostrou o maior avanço: 2,36%. Na sequência, estão o frango, que subiu 4,87%, as frutas, 3,32%, e o pão francês, 2,62%.
Também mostraram alta as despesas com habitação, cuja variação passou de 0,53% em setembro para 0,67% em outubro. Entre as maiores influências, o IBGE destaca a alta do gás de botijão (2,36%), do aluguel residencial (1,02%) e do condomínio (0,90%). Na contramão, o preço da energia elétrica recuou 0,14%.
Não exerceram as maiores pressões, porque tem pesos menores, mas mostraram as maiores variações de preços os grupos de gastos com artigos de residência (de 0,52% para 0,97%) e vestuário (de 0,37% para 0,88%). Dentro desses grupos, os maiores destaques partiram de eletrodomésticos, com alta de 1,54%, e de artigos de mobiliário, com alta de 1,11%. Também mostraram resultados expressivos os itens calçados (1,38%) e roupas femininas (1,26%).
A taxa de despesas pessoais também acelerou, de 0,16% em setembro para 0,46% em outubro, com as maiores influências partindo de preços de serviços de manicure (1,06%), empregado doméstico (0,70%) e cabeleireiro (0,67%).
No grupo saúde e cuidados pessoais, a variação desacelerou de 0,56% em setembro para 0,35% em outubro e e no de transportes, de 0,30% para 0,08%. Ficaram mais baratas as passagens aéreas (-1,99%) e a gasolina (-0,37%).
Análise regional
Entre os índices regionais, o mais alto foi visto em Goiânia (0,89%) e o mais baixo, em Salvador (-0,08%).