O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) - prévia da inflação oficial - acelerou para 0,51% em maio, após avanço de 0,43% em abril, segundo informou, nesta terça-feira (22), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No ano, o índice acumula alta de 2,39% - abaixo do resultado do mesmo período de 2011 (3,86%) - e, em 12 meses, de 5,05%, também abaixo dos 12 meses anteriores (5,25%). Em maio de 2011, a taxa havia variado 0,70%.
Em maio, os destaques partiram da variação de preços de cigarro, de remédios e do feijão carioca. Os três representaram 43% do índice do mês. No caso do cigarro, líder dos principais impactos individuais, a variação foi de 14,26% devido aos reajustes ocorridos no início de abril. "A variação de 14,26% no cigarro levou as despesas pessoais ao mais elevado resultado de grupo, que atingiu 1,32%", disse o IBGE.
A variação de preços de remédios foi menor, de 1,85%, refletindo parte do reajuste que começou a valer em 31 de março. Esse item foi o principal responsável pela alta de 0,93% do grupo saúde e cuidados pessoais, de acordo com o IBGE.
Quanto ao feijão carioca, os preços subiram 15,30%, devido a menor oferta do produto por problemas climáticos.
Também ficaram mais caros os preços de óleo de soja (3,72%), farinha de mandioca (3,35%), cerveja (2,72%), leite em pó (2,27%), queijo (2,02%), arroz (1,66%), pão francês (1,20%) e biscoito (0,97%).
Também tiveram alta os artigos de vestuário, com 0,97% no mês, serviços bancários (1,66%), seguro de veículos (1,66%), telefonia celular (1,58%), mão de obra para pequenos reparos (1,51%), táxi (1,29%), taxa de água e esgoto (1,16%), gás de botijão (1,01%) e artigos de limpeza (0,99%).
Por outro lado, o principal impacto individual negativo partiu das passagens aéreas, porque houve queda de 10,83% nas tarifas.