A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15), prévia do índice oficial usado para basear as metas do governo de controle dos preços, acelerou para 0,76% em janeiro, segundo informou, nesta quarta-feira (26), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em dezembro, a prévia havia ficado em 0,69%. Em janeiro do ano passado, o índice ficara em 0,52%. Considerando apenas os meses de janeiro, 2011 registrou a maior alta desde 2003, quando o IPCA-15 ficara em 1,98%.
O resultado de janeiro foi influenciado, principalmente pelo aumento das tarifas de ônibus urbanos, que registraram variação de 1,77%, sendo os responsáveis pelo maior impacto individual no mês: 0,07 ponto percentual, segundo o IBGE.
As tarifas de ônibus intermunicipais também sofreram reajuste, de 1,30%, bem como a dos interestaduais, 1,34%. Os preços de etanol subiram 4,31%, e a gasolina acaboou ficando 0,55% mais cara em janeiro. Com esses números, a variação de preços do grupo transporte passou de 0,17% para 0,89%.
Também registrou aceleração o grupo de despesas com habitação (de 0,51% para 0,60%). Os custos com aluguel passaram de 0,73% para 1,23% e condomínio, de 1,04% para 1,28%. Os produtos não alimentícios registraram variação de 0,62% em janeiro, superior à taxa de dezembro, 0,34%.
Em ritmo menor
Os preços do grupo de despesas com alimentação e bebidas acelerou em janeiro, mas em ritmo menor, passando de 1,84% para 1,21% em janeiro. Os produtos alimentícios foram responsáveis por 37% do IPCA-15 do mês, com 0,28 ponto percentual de contribuição.
O IBGE indica que, de dezembro para janeiro, o preço de alguns alimentos subiram menos ou se mantiveram-se em queda. O custo das carnes desacelerou de 1,08% para 0,11%, do açúcar cristal, de 4,12% para 2,07%, do açúcar refinado, de 8,24% para 3,04%, do feijão carioca, de -12,72% para -16,98%, do feijão preto, de -0,46% para -3,53% e batata-inglesa, de -3,62% para -2,53%.
Na contramão, outros item registraram altas expressivas nos preços. Ficaram mais caros tomate (de -6,19% para 23,47%), cebola (de -3,15% para 5,55%), cenoura (de 0,20% para 25,09%), hortaliças e verduras (de -1,43% para 8,57%) e frutas (de -1,16% para 3,93%).