A produção da indústria brasileira cresceu 0,4% em outubro ante o mês imediatamente anterior, após ter ficado dois meses praticamente estável, mostraram dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados nesta quinta-feira. Com o resultado, o setor apresenta crescimento de 11,8% no ano e no acumulado em 12 meses - taxa recorde da série histórica, segundo o IBGE.
No entanto, na relação entre outubro e o mesmo mês do ano passado, o crescimento foi de 2,1%, a menor taxa de crescimento registrada nesta base de comparação desde novembro.
Dos 27 ramos de atividade do setor pesquisados pelo IBGE, 12 apresentaram crescimento e 15 tiveram queda da produção. Os destaques de avanço foram outros equipamentos de transporte (6,0%), produtos de metal (5,3%), farmacêutica (4,9%), outros produtos químicos (2,9%), metalurgia básica (2,7%) e veículos automotores (1,6%). A tendência contrária foi observada, principalmente, em edição e impressão (-12,2%), alimentos (-2,1%), indústrias extrativas (-2,5%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-3,7%) e têxtil (-3,1%).
Já na comparação anual, 17 dos 27 segmentos tiveram aumento da produção, com destaque para veículos automotores (7,4%), máquinas e equipamentos (9%) e indústrias extrativas (8,6%), informou o IBGE.
Em outubro ante setembro, somente a categoria bens de consumo duráveis teve alta na produção, de 2,8%, depois de ter registrado retração de 0,1%. Por outro lado, apresentaram queda de produção os bens intermediários (0,1%), bens de consumo semi e não duráveis (0,1%) e bens de capital (0,2%), segundo o IBGE.
Na comparação com outubro do ano passado, a produção de bens de capital teve o maior crescimento (6%), seguido por bens intermediários (3,2%) e bens de consumo semi e não duráveis (1,5%), enquanto a atividade de bens de consumo duráveis caiu (4,9%).