A goiaba ganha espaço na agricultura familiar do Cariri, no sul do Ceará. A produção está crescendo e o preço tem sido recompensador.
José Soares Simões tem 10 hectares no sítio Catolé, zona rural de Juazeiro do Norte, sul do Ceará. Ele e a família produzem a variedade de goiaba paluma há dois anos. José começou o cultivo com apenas 300 mudas e não parou mais.
O agricultor ainda cultiva laranja e alguns tipos de hortaliças, mas a goiaba é o produto mais rentável. “A goiaba tem mercado garantido e eu estou satisfeito com a produção”, diz.
José tem planos de aumentar a produção, mais 400 mudas já foram plantadas e outras áreas estão sendo preparadas para o cultivo. A colheita gera lucros durante o ano todo com a utilização da técnica e o manejo adequados.
“Cada produtor está tirando da lavoura em torno de 100 caixas por semana e cada uma delas é vendida por R$ 50”, conta Aluísio Ribeiro, técnico agropecuário.
O preço da caixa com 30 quilos de goiaba aumentou 25% em relação ao ano passado e segundo a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Ceará (Ematerce), cerca de 30 famílias vivem da cultura no município. A boa colheita desse ano tem garantido a renda de todos.
O preço se mantém favorável e estimula os produtores da agricultura familiar. A fruta é comercializada entre as feiras e cooperativas. “O clima aqui é o mesmo no verão e no inverno, nós temos água no subsolo e terra de boa qualidade, então tudo o que se planta, dá”, explica Francisco de Assis, presidente da Cooperativa dos Agricultores Familiares do Cariri.
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