A quebra da safra da cana-de-açúcar obrigou as usinas da região centro-sul do país a reduzir em 11,61% a estimativa de produção de etanol e em 6,36% a fabricação de açúcar neste ano.
Segundo revisão divulgada na tarde de quarta-feira pela Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar), a projeção é produzir 22,54 bilhões de litros de etanol e 32,38 milhões de toneladas de açúcar.
Antecipada pelo mercado, a quebra da safra elevou em 9,60% o preço do açúcar nos últimos cinco dias, cotado ontem na Bolsa de Nova York ao preço de US$ 0,3014 por libra-peso.
Com relação ao etanol hidratado, a safra desfavorável tem pressionado aumento nos preços com margem de até R$ 0,20. Já para o etanol anidro (misturado à gasolina), não há previsão.
Por causa disso, o governo federal estuda reduzir a mistura de anidro na gasolina dos atuais 25% para 18%. A medida, porém, enfrenta resistência tanto dos produtores quanto de técnicos.
De qualquer forma, o governo vai esperar a revisão oficial da safra da cana, prevista para o dia 25 de agosto pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), para tomar uma medida.