Reajuste do preço do gás irrita consumidores de THE

O gás de cozinha chegou a ter reajuste de R$ 6

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O aumento do valor do botijão de gás no mês de fevereiro tem revoltado os consumidores. O produto, que em janeiro custava R$ 39 em média, saltou para R$ 45. A população está insatisfeita com o acréscimo e os empresários do ramo da alimentação registram queda nos lucros. Ambos estão de mãos atadas, tendo em vista que é um produto essencial para o consumo.

Josevan Ribeiro de Oliveira, gerente de uma distribuidora de gás, explica que o novo valor do botijão seguiu o reajuste da gasolina. ?São produtos que estão interligados. O gás de cozinha sempre acompanhará a alta do combustível, pois eles vêm da mesma fonte. A população não gostou, mas o gás não subia há dois anos. Foi um aumento justo?, defende.

Entretanto, a população discorda de Josevan. ?O gás já era caro e subiu muito mais. No meu bairro teve aumento de R$ 4. Parece pouco, mas pesa no orçamento. A gente fica sem ter para onde correr, porque o preço é tabelado em todas as distribuidoras. No final das contas, somos nós que ficamos no prejuízo, estou indignada?, desabafa a doméstica Silvana Costa.

Sem alternativas, a população se vê obrigada a aceitar o reajuste.

Questionado sobre a prática do valor tabelado pelas revendedoras de gás, Josevan, gerente de uma distribuidora, garante que o aumento do botijão foi feito a partir de uma reunião entre os proprietários dos estabelecimentos e segue uma tabela rigorosa. Ele afirma que a atitude é utilizada para evitar a revenda irregular do produto.

Os microempresários e comerciantes do ramo da alimentação também sentem o baque do reajuste. Apesar de adquirirem o botijão a um preço menor que o consumidor final ? por aproximadamente R$ 42 ? eles veem o lucro despencar, pois consomem uma quantidade muito maior do líquido. O gerente de uma lanchonete localizada no Centro da cidade, David Maycon, se diz atônito e planeja aumentar o valor de alguns produtos para cobrir o prejuízo.

?Aqui na lanchonete o botijão de gás dura entre três e cinco dias. Compramos uns sete bujões por mês, então sentimos a diferença no bolso. Para cobrir o prejuízo, aumentei o preço de alguns produtos e estou cogitando elevar o de outros. É uma decisão difícil, pois nesse negócio não podemos afugentar clientes, mas ou fazemos isso ou teremos prejuízo ainda maior?, frisa David.

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