O aumento da inflação nos últimos meses ressuscitou mecanismos informais de indexação de preços, principalmente dos serviços, a exemplo do pedreiro ou do cabeleireiro que passam a cobrar mais seguindo a intuição ou usando critérios como o gasto com a condução para chegar ao trabalho ou com a refeição fora de casa. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Os problemas da indexação informal foram demonstrados por um estudo feito pelos técnicos da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), a pedido do jornal, com base nos dados do Índice de Preços ao Consumidor (IPC). Entre os meses de janeiro de 2010 e 2011, os reajustes informais aumentaram em 8,45% os preços dos serviços, índice quase duas vezes superior ao aumento de 4,93% calculado previamente para os preços de serviços como alguéis e contratos de assistência médica.
A inflação geral ao consumidor medida pelo IPC da Fipe no mesmo período foi de 6,2%. Ainda segundo o estudo, os valores de outros 405 produtos - dentre alimentos, eletrodomésticos, eletrônicos e artigos de vestuário - subiram, em média, 6,4%, seguindo de perto o resultado geral do IPC.