Redução de IPI eleva vendas de carros e TVs em momento de crise

O mercado avalia como certa uma prorrogação da medida, que vence em agosto, até outubro.

O setor de eletrodomésticos também foi beneficiado pela redução do IPI. | Reprodução
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As medidas de estímulo do governo para a cadeia de veículos garantiram nova marca histórica para o setor. As vendas de carros e comerciais leves subiram 3,1% em julho em relação ao mês de junho, o segundo melhor nível já registrado.

Na comparação com julho do ano passado, as 351,4 mil unidades emplacadas representam alta de 22% e ficam atrás apenas de dezembro de 2010 (362,2 mil).

Para os analistas, a redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) cumpriu o papel de reduzir estoques --há filas de espera para alguns modelos-- e deve ter impacto positivo sobre a produção.

Um desempenho mais robusto da indústria do setor, contudo, ainda é incerto.

"Houve uma regularização dos estoques, agora falta retomar a produção", afirma o consultor Milad Kalume Neto, da Jato Dynamics.

Embora tenha revisado as previsões para o ano, a consultoria LCA ainda espera uma queda de 2% na produção de veículos em 2012.

O mercado avalia como certa uma prorrogação da medida, que vence em agosto, até outubro.

ELETROS

O setor de eletrodomésticos, também beneficiado pela redução do IPI, é outro que exibe números positivos. Em julho e em agosto, a indústria estima vender entre 15% e 20% mais eletrodomésticos da linha branca em relação ao mesmo período do ano passado.

O presidente da Eletros (associação que reúne os fabricantes do setor), Lourival Kiçula, credita o desempenho ao desconto do IPI.

A Olimpíada de Londres também está ajudando nas vendas de TVs, diz Kiçula. "Devemos vender 15 milhões de televisores neste ano, um crescimento de 6% em relação a 2011", disse ele. No primeiro semestre, segundo a entidade, as vendas de geladeiras aumentaram 12% ante o mesmo período do ano passado. As vendas de máquinas de lavar cresceram 10%, e as de fogões, 13%.

Segundo o IBGE, a produção de bens duráveis (grupo do qual fazem parte os automóveis e os eletrodomésticos) aumentou 4,8% em junho ante maio.

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