O ministro da Economia, Paulo Guedes, aceitou ampliar a redução de impostos de empresas em até 10% — de um patamar atual em torno de 34% de carga tributária para 24%. O ministro afirmou que novos cálculos da Receita Federal permitem a queda do imposto de renda das empresas, que já será reduzido em 5% no primeiro ano de validade das novas regras — a proposta inicial era reduzir esse percentual ao longo de dois anos.
O governo bancará uma redução mais ampla, de 10%, se o Congresso aceitar fazer cortes em benefícios tributários na ordem de R$ 20 bilhões. A cada ano, o governo deixa de arrecadar R$ 330 bilhões devido aos subsídios. As mudanças serão feitas no texto do relator, deputado Celso Sabino (PSDB-PA), depois de a proposta enviada pelo governo ao Congresso ter sofrido forte reação negativa no mercado financeiro e em setores econômicos, como a indústria.
O ministro não quer, entretanto, mudança na proposta de tributar dividendos. Segundo ele tem dito nos encontros, a média de tributação de dividendos entre países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento (OCDE) fica entre 20% e 40%.
A manutenção da tributação de dividendos acima de R$ 20 mil seria compensada pela redução dos impostos para empresas.
Guedes também não é a favor de mudanças na proposta de extinção dos juros sobre capital próprio, que são repassados aos acionistas. Segundo Guedes, o JCP "é a jabuticaba tributária inventada no Brasil".
Outras propostas do governo, como mudanças para pessoa física, serão mantidas, inclusive a elevação para R$ 2,5 mil a elevação da faixa de isenção do imposto de renda. O ministro tem insistido que as mudanças são fiscalmente neutras e não representam maior arrecadação para o governo.
As informações são do Blog da Ana Flor