O presidente da Eletrobras, distribuidora no Piauí, Marcelino da Cunha Machado Neto, afirmou em entrevista coletiva que o furto de energia elétrica no Piauí corresponde a 18% de todo o faturamento da empresa, que é de R$ 1 bilhão, totalizando R$ 120 milhões ao ano.
?Nós temos um programa para a redução das perdas de energia técnicas e não técnicas, relacionadas ao furto de energia elétrica. As medidas adotadas são a formação de 80 equipes de auditório, telemedição e troca dos medidores?, afirmou Marcelino da Cunha Machado Neto.
A inadimplência e as perdas de energia, principalmente aquelas relacionadas às ligações irregulares, são consideradas pelo novo presidente da Eletrobras, Marcelino da Cunha, os maiores problemas da Distribuidora no Piauí.
Segundo ele, o prejuízo é de cerca de R$ 320 milhões anuais.
Segundo Marcelino da Cunha, apenas 38% dos consumidores, cerca de 570 mil pessoas pagam em dia suas contas de luz, enquanto 930 mil ficam devendo.
Marcelino da Cunha declarou que o valor do débito dos inadimplentes é de R$ 200 milhões, que a empresa costuma se planejar para receber.
?A empresa deixa de arrecadar R$ 120 milhões com a perda de energia, isso representa 30% do que produzimos, deste percentual podemos afirmar que 18% é perdido com as ligações irregulares.
Cerca de R$ 200 milhões não entram nos cofres porque os consumidores não pagam em dia suas contas. Apenas 38% dos consumidores, ou seja, cerca de 570 mil pessoas pagam sem atraso suas contas de luz, enquanto 930 mil ficam devendo?, afirmou Marcelino Cunha.
Eletrobras Distribuição Piauí possui 1,100 mil usuários do serviço de energia elétrica e tem faturamento anual acima de R$ 1 bilhão.Cunha disse que deste prejuízo financeiro a empresa gasta muitos recursos tentando combater o furto de energia.
?Sai muito caro combater esse prática. Colocar o nome da pessoa no Sistema de Proteção de Crédito e cortar o fornecimento são ações caras. Toda a sociedade sofre com isso porque não podem receber energia de boa de qualidade e o governo não tem condições de investir já que não recebe os impos- tos?, declarou.
Marcelino Cunha disse que a empresa estima investir R$ 446 milhões em 2015 visando construir novas linhas de transmissão, fazer ampliação e reformar as redes de distribuição.
?Com este recurso e combatendo as irregularidades encontradas conseguiremos investir no setor elétrico do estado e assim fornecer uma energia elétrica de melhor qualidade aos consumidores?, declarou.
Com energia, 11 mil famílias voltaram à zona rural
Pesquisa feita pela Eletrobras e o Ministério das Minas e Energia fez com que a universalização da energia elétrica e a melhoria da qualidade de vida no interior fizessem com que 11 mil famílias voltassem a morar na zona rural de municípios do Piauí.
O presidente da Eletrobras Distribuidora do Piauí, Marcelino da Cunha Machado Neto, informou que o Programa de Universalização da Eletrificação Rural no Estado, conhecido como Programa Luz Para Todos, começou a ser implantado em 2004 no Estado com uma meta de garantir energia elétrica para 149.600 famílias piauienses.
Segundo ele, até agora foi garantia a energia elétrica para 145 mil famílias e faltam apenas 4.600 famílias para atingir a meta original.
Marcelino da Cunha Machado Neto afirmou que pela universalização da energia elétrica e pelo aumento da qualidade de vida na zona rural 11 mil famílias saíram da zona urbana onde moravam e voltaram a viver no interior em locais sem energia elétrica.
Para isso, o Ministério das Minas e Energia liberou R$ 165 milhões para garantir a energia elétrica para essas 11 mil famílias que saíram da zona urbana das cidades e foram para a zona rural.
"Antes do Programa de Universalização da Eletrificação, nós tínhamos 149.600 unidades domiciliares sem energia na zona rural. Nós temos agora em 2014, do contrato original 140 mil ligações, faltando apemas 4 mil ligações, 3% da meta", falou Cunha. (E.R.)