Saiba como pagar contas depois do Carnaval

Cartilha do Procon-SP dá as dicas de como se livrar dos juros do cartão e do especial

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A tentação do crédito, aliada ao apelo comercial das festas de fim de ano, e as despesas com impostos e rematrícula escolar fizeram os brasileiros começar 2010 mais endividados que em dezembro, segundo última pesquisa da CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) e SPC (Serviço de Proteção ao Crédito).

Para conseguir fechar o primeiro semestre de 2010 no azul a ordem é começar a se organizar a partir de agora. O R7 conversou com especialistas do Procon-SP e da confederação dos lojistas para listar as principais medidas emergenciais para o consumidor limpar o nome sem ter que passar aperto.

Depois de fazer um balanço de todos os débitos pendentes, contas atrasadas, cheque especial, que é o tradicional limite do banco, o primeiro passo é quebrar o cartão de crédito. A opinião é de Diógenes Donizete, assistente de direção do Procon-SP.

- O ideal é que o consumidor não utilize mais o cartão, só pegue quando terminar de pagar a dívida. Se a pessoa viu que os débitos comprometem 30% da renda, a hora é de ir até um banco e pedir uma análise de crédito.

Donizete cita as linhas de crédito do consignado, direto na folha de pagamento, com taxas de juros em torno de 2%. O empréstimo pessoal, com juros de 5%, também é uma opção ao consumidor que deseja sair do cheque especial ? com taxas de juros de 8,75% ao mês. No caso do cartão de crédito, a taxa de juros pode chegar a 16%, o que faz do empréstimo um excelente aliado, desde que o consumidor tenha consciência em usar o dinheiro, segundo Donizete.

- A maioria das pessoas prefere ainda ficar no rotativo [juros do cartão de crédito] ou no vermelho, por puro desconhecimento. No entanto, quem prefere o crédito precisa estar ciente dos cuidados para não criar uma bola de neve ainda maior.

Para ficar longe do cadastro de inadimplência, a confederação de lojistas recomenda que o consumidor privilegie os pagamentos à vista e que não se deixe enganar pelos valores das prestações, mas sim aos valores finais dos produtos. A recomendação faz sentido tendo em vista que 54,1% dos registros de inadimplência em janeiro estão relacionados às compras de eletrodomésticos ? que baixaram de preço devido à isenção do IPI (Imposto sobre Produto Industrializado).

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