Marlene Engelhorn, descendente da família do fundador da gigante farmacêutica alemã BASF, Friedrich Engelhorn, está tomando uma atitude inovadora para distribuir sua herança, estimada em cerca de R$ 20 bilhões, de acordo com estimativas da Forbes. Antes do falecimento de Engelhorn, a intenção de doar aproximadamente 90% da herança já havia sido declarada.
Marlene planeja enviar convites com uma pesquisa para 10 mil pessoas selecionadas aleatoriamente na Áustria, seu país de origem. A empresária pretende utilizar as respostas para reduzir o número para 50 pessoas, representando diversas origens e classes sociais que, para ela, refletem a diversidade da população austríaca. Os escolhidos terão a oportunidade de aconselhar Marlene na distribuição de cerca de 25 milhões de euros (R$ 131 milhões).
Essa iniciativa surge da crença de Marlene de que muitos herdeiros não contribuem significativamente para a sociedade e, em alguns casos, se beneficiam de privilégios fiscais. Considerando a ausência de impostos sobre riqueza e herança impostos pelo governo austríaco, a herdeira decidiu assumir o controle e buscar a opinião pública para combater a desigualdade de riqueza em seu país.
Marlene expressa sua visão de que a vida de herdeira independe de suas realizações pessoais, pois grande parte de sua fortuna foi acumulada antes mesmo de seu nascimento. Em seu projeto, ela destaca que a propriedade da empresa foi herdada, e as reivindicações aos frutos do trabalho foram transferidas à sua família.
Engelhorn, contrária à ideia de que a família de origem determina o curso de uma boa vida, busca, através dessa abordagem colaborativa, uma redistribuição consciente de sua fortuna, evitando o exercício de um poder que ela considera não dever ter.
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