Os salário médio do brasileiro cresceu 8,7% em termos reais (acima da inflação) entre 2008 e 2011, segundo dados do Cadastro Central de Empresas (Cempre), divulgados nesta sexta-feira (24) pelo IBGE. A pesquisa reúne 5,1 milhões de empresas e organizações formais ativas, públicas e privadas, em todo o país.
No período foram gerados 6,8 milhões de novos vínculos empregatícios.
No ano de 2011, o comércio foi o setor que mais absorveu mão de obra. O segmento foi responsável pela ocupação de 8,5 milhões de pessoas, 18,9% do total de empregados. A indústria de transformação veio em segundo lugar, dando ocupação para 8,2 milhões (18,2%), seguida pela administração pública, com 7,7 milhões (17%).
No mesmo ano, os salário mais altos foram registrados no setor de eletricidade de gás, com média mensal de R$ 5.567,73, seguido pelo setor financeiro, de seguros e serviços relacionados, com média de R$ 4.213,65 por mês.
Já as piores remunerações foram registradas no setor de alojamento e alimentação (R$ 858,92, em média por mês), seguido pelo de atividades administrativas (R$ 1.110,16, em média).
NÍVEL SUPERIOR
A pesquisa revelou também que, em 2011, uma parcela de 82,9% dos assalariados não possuíam curso superior, enquanto 17,1% tinham graduação. A diferença média de salário apontada entre quem tem e quem não tem diploma foi de 219,4%. Trabalhadores com nível superior ganhavam, em média, R$ 4.135,06 por mês, enquanto que os demais tinham um salário médio de R$ 1.294,70.
Na comparação entre homens e mulheres, a pesquisa constatou que, entre 2010 e 2011, o aumento do número de mulheres ocupadas foi superior ao de homens: 5,7% e 4,7%, respectivamente. O gênero masculino, porém, ainda é proporcionalmente maior entre os trabalhadores: 57,7%.
No quesito remuneração, os homens continuam ganhando mais, com salários 25,7%, em média, maiores que o das mulheres.