Selic alta, pizza e palmas para o 'sex symbol': veja despedida de Campos Neto do BC

Em seu discurso, Gabriel Galípolo elogiou as inovações lideradas por Campos Neto e destacou a importância da “passagem de bastão” sem rupturas

Roberto Campos Neto: ex-presidente do Banco Central | REUTERS/Adriano Machado
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Na última reunião de Roberto Campos Neto à frente do Banco Central, o Copom elevou a taxa Selic de 11,25% para 12,25% ao ano. O aumento de 1 ponto percentual foi acompanhado da promessa de novos ajustes de mesma magnitude nas próximas duas reuniões. Caso o cenário se concretize, a Selic pode atingir 14,25% em março de 2025, igualando o pico registrado no governo Dilma Rousseff.

Além disso, a despedida de Campos Neto contou com um jantar descontraído, recheado de música, discursos e pizza caseira, organizado por uma funcionária do BC. Colegas de trabalho se revezaram em falas de agradecimento e reconhecimento ao economista, que classificou o período no BC como “a fase mais feliz de sua vida”. Ele também relembrou um encontro com o ex-presidente do BC, Affonso Celso Pastore, que o inspirou a valorizar a instituição e seus servidores.

"sex symbol" do Banco Central

O clima de continuidade foi reforçado por Gabriel Galípolo, que assumirá a presidência do BC em 2025. Em seu discurso, Galípolo elogiou as inovações lideradas por Campos Neto e destacou a importância da "passagem de bastão" sem rupturas. Ele aproveitou a ocasião para brincar com a fama de Campos Neto como "sex symbol" do BC, lembrando a foto viral do economista tomando vacina sem camisa. Segundo Galípolo, essa "perda simbólica" será insubstituível para a instituição.

Roberto Campos Neto recebendo a vacina da Covid-19, em 2021 - Foto: Reprodução/Redes SociaisA saída de Campos Neto ocorre em meio a um cenário de pressão sobre a política monetária, com alta do dólar e das projeções de inflação. O BC destacou que o ciclo de aperto dos juros será definido pelo "compromisso firme com a convergência da inflação à meta". Com a Selic em alta, o cenário econômico fica mais desafiador para o sucessor de Campos Neto, que terá de administrar a relação entre o BC e o governo Lula, responsável por indicar Galípolo para o cargo.

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