Mesmo com os problemas provocados pela pandemia da Covid-19, que ceifou a vida de dois irrigantes, provocou o aumento dos custos de produção e, num primeiro momento, reduziu as vendas, os irrigantes do Distrito de Irrigação Tabuleiros Litorâneos (Ditalpi) continuam produzindo.
São 58 pequenos produtores, 6 médios e 15 grandes produtores que produzem acerola orgânica, banana, leite, ovos, carne, melancia, peixe, caju, goiaba, manga, macaxeira, feijão, polpa de frutas, cajuína, milho verde.
Segundo o irrigante e intgrante do Distrito, Josenilto Lacerda, o principal mercado consumidor dos produtos são o Norte do Piauí, São Luís, leste do Maranhão, Belém, Fortaleza.
"A acerola para Vitamina C é destinada a uma empresa americana com unidade em Ubajara (CE) e também para outra empresa inglesa, que tem unidade em Aracati (CE). O pó é reprocessado nos Estados Unidos e Europa e reexportado para cerca de 130 países, sendo a China a responsável por 2/3 do consumo", diz Josenilto.
Capacidade para gerar mais 17 mil empregos direitos e indiretos
O Tabuleiros Litorâneos, no norte do Estado, tem uma área produtiva de 1.700 hectares e gera 1500 empregos diretos e mais de 2.250 indiretos. "Se toda área destinada à produção estivesse pronta, no total de 17.500 hectares, seriam 7 mil empregos diretos e 10.500 indiretos", explica Josenilto.
Falta recurso para manutenção e ampliação
Josenildo diz que a obra da segunda etapa dos Tabuleiros Litorâneos está praticamente parada, funcionando somente o canteiro de obras e a primeira etapa corre sério risco de colapso.
"No momento, a estação de bombeamento principal está com as bombas quebradas e sem recurso para recuperação imediata", diz, citando que há 10 anos, o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS) não repassa recursos para operação e manutenção", comenta o irrigante Josenilto.