A companhia aérea TAM fechou o primeiro trimestre com lucro líquido de R$ 128,8 milhões, após prejuízo de R$ 70,9 milhões no mesmo intervalo em 2010. A empresa teve geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação, amortização e aluguel de aeronaves (Ebitdar, na sigla em inglês) de R$ 380,5 milhões, alta ligeira de 1,1% sobre o total apurado um ano antes. A margem no período caiu de 14,5% para 12,5%.
O resultado foi divulgado após a rival Gol informar na semana passada que teve lucro líquido de US$ 31,9 milhões no primeiro trimestre, ante resultado positivo de US$ 23,9 milhões de janeiro a março do ano passado. A TAM manteve suas estimativas para o ano, de crescimento da demanda doméstica de 15% a 18%, e de sua oferta entre 10% e 13%. A companhia também manteve expectativa sobre o preço médio do barril do petróleo WTI em 2011, de US$ 93, e de um custo excluindo despesas com combustíveis recuando 5%.
Na semana passada, a Gol elevou sua previsão para o barril do petróleo de US$ 82 a US$ 93 para US$ 100 a US$ 115, em meio à alta dos preços da commodity nos últimos meses, e manteve projeção de expansão da demanda doméstica entre 10% e 15%.
A TAM fechou o primeiro trimestre com receita líquida 16,8% maior que a registrada um ano antes, somando R$ 3,04 bilhões. Enquanto isso, as despesas operacionais totais evoluíram mais lentamente, em 16%, para R$ 2,93 bilhões. Já o resultado financeiro passou de uma despesa de R$ 183,8 milhões no primeiro trimestre de 2010 para receita de R$ 84,5 milhões de janeiro a março deste ano.
A melhora no desempenho veio com queda nas tarifas. O yield doméstico, medidor do preço das passagens, caiu 5,7% na comparação anual, para R$ 0,182, enquanto o internacional tombou 9,2%, para R$ 0,148. Em dólar, o yield internacional também recuou, 1,8%. Já o yield geral da empresa, que inclui receitas com cargas, subiu 1,4% no primeiro trimestre em relação ao mesmo período de 2010, para R$ 0,224.
A empresa, que como a rival Gol está trabalhando em corte de despesas em um cenário de intensa competitividade doméstica, reduziu seus custos por assento-km percorrido (Cask) sem incluir combustível em 3,8% no período.