Taxa de desemprego recua em outubro para 9,8%, revela Dieese

Rendimento médio real do trabalhador cresceu 0,6% entre os ocupados e recuou 0,6% entre os assalariados, para R$ 1.609 e R$ 1.620, respectivamente

Nível de ocupação subiu em Recife e São Paulo | Reprodução
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A taxa de desemprego total nas seis regiões pesquisadas pelo Dieese diminuiu de 10,2%, em setembro, para 9,8% em outubro, segundo dados divulgados pela instituição nesta quarta-feira. O contingente de desempregados foi estimado em 2,044 milhões de pessoas, 94 mil menos que no mês anterior. A população economicamente ativa diminuiu em quatro mil pessoas, para 20,890 milhões em outubro.

O nível de ocupação subiu em Recife (1,4%), Belo Horizonte (1,1%) e São Paulo (0,4%) e manteve-se em relativa estabilidade em Fortaleza (0,3%), Salvador (0,2%) e Porto Alegre (-0,1%).

Entre outubro de 2012 e de 2013, no conjunto das regiões pesquisadas, o nível de ocupação aumentou 1,1%. A criação de 201 mil ocupações, número superior ao de pessoas que passaram a fazer parte da força de trabalho das regiões (73 mil), resultou na redução do contingente de desempregados (-128 mil).

Nos últimos 12 meses, o nível de ocupação aumentou em Belo Horizonte (4,3%), Recife (1,7%), Salvador(1,5%), Porto Alegre (1,1%) e São Paulo (0,5%) e diminuiu em Fortaleza (-1,0%).

Análise por setores

De acordo com o Dieese, no conjunto das regiões, o nível de ocupação aumentou nas atividades ligadas a Serviços (56 mil postos de trabalho, alta de 0,5%), na Indústria de Transformação (21 mil, alta de 0,7%), e subiu ligeiramente no Comércio e Reparação de Veículos Automotores e Motocicletas (15 mil, alta de 0,4%). Na outra ponta, o setor de Construção registrou queda, com perda de 11 mil postos de trabalho, recuo de 0,7%).

Na comparação mensal, o destaque fica com a região metropolitana de São Paulo, principal motor do país. A indústria de transformação e os serviços foram os setores que mais contrataram, registrando avanço de 0,9% no nível de ocupação em outubro na comparação com o mês de setembro, com 15 mil e 49 mil contratações, respectivamente.

No período, tanto o comércio quanto a construção civil registraram demissões. No caso do comércio, são 23 mil postos a menos, perda de 1,2% vagas. Já a construção perdeu 17 mil empregos e conta com número de funcionários 2,3% menor.

Na análise anual, o nível de ocupação cresceu no Comércio e Reparação de Veículos Automotores e Motocicletas (criação de 157 mil postos de trabalho, ou 4,4%), na Construção (86 mil, ou 6,2%) e, em menor medida, na Indústria de Transformação (11 mil, ou 0,4%) e apresentou relativa estabilidade nos Serviços (menos 20 mil, ou -0,2%).

Já no setor privado, o número de pessoas empregadas sem carteira de trabalho subiu 2,1%, o dos empregados com carteira cresceu apenas 0,3% e os autônomos (0,2%). No mês, houve leve redução no número de empregados domésticos (-0,1%).

Rendimento do trabalhador

Em setembro de 2013, também nas seis regiões analisadas, o rendimento médio real do trabalhador cresceu 0,6% entre os ocupados e apresentou leve redução de 0,6% para os assalariados, para R$ 1.609 e R$ 1.620, respectivamente.

Na análise por região, o rendimento médio real dos ocupados aumentou em São Paulo (1,4%, passando a equivaler a R$ 1.785) e Belo Horizonte (0,9%, R$ 1.766), manteve-se em relativa estabilidade em Fortaleza (0,1%, R$ 1.111) e Porto Alegre (-0,1%, R$ 1.724) e diminuiu em Salvador (-3,0%, R$ 1.132) e Recife (-1,6%, R$ 1.164).

Na pesquisa do Dieese/Seade, os dados relativos à renda referem-se sempre ao mês anterior ao do levantamento.

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