O Tribunal de Contas da União decidiu proibir que sejam feitos repasses do o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e da Valec (estatal do setor ferroviário) para as obras de construção da ferrovia Transnordestina, que ligará os portos de Pecém, no Ceará, e Suape, no Pernambuco, à cidade de Elizeu Martins, no Piauí.
De acordo com a decisão do Tribunal, as obras estão sendo custeadas principalmente com recursos públicos e a estimativa inicial do valor da obra já foi superada. O relatório aponta que os recursos públicos aplicados na obra já somam pelo menos R$ 4,2 bilhões e declara que há "risco significativo" de que os recursos utilizados para financiar o empreendimento estejam sendo mal geridos. Também foi identificado descompasso entre as execuções física e financeira do empreendimento.
Em nota,A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), responsável pela obra, informou que "entende as dificuldades enfrentadas pelo governo por conta da crise econômica, com o consequente atraso no repasse de recursos públicos, mas espera que elas sejam superadas para que a obra retome seu ritmo".
A empresa ainda destacou que, até agora, nunca deixou de aportar no tempo previsto os recursos próprios. A Transnordestina tem 56% de obras concluídas e 600 km de malha pronta, de acordo com a CSN.