Ao longo das coletas de preços feitas pelo Jornal Meio Norte para auxiliar o consumidor, já mostramos a importância da pesquisa e o impacto que ela pode ter na economia familiar. Alguns serviços complementares podem ajudar o cliente a buscar as melhores opções de custos e de produtos, a exemplo dos serviços de televendas e recursos disponibilizados pela internet.
No que diz respeito aos atacadistas, o serviço de televendas ? no qual o consumidor telefona para os estabelecimentos para informar-se de preços, opções de marcas e até mesmo fazer reservas de mercadorias ? ainda precisa melhorar.
Em alguns casos, é preciso tentar várias vezes até obter atendimento. O JMN ligou em diversas ocasiões para os setores de televendas, tendo conseguido falar na maioria dos casos.
No entanto, em outros momentos o telefone chamou até cair, mesmo com várias tentativas. Ou seja, mesmo sendo uma ferramenta decisiva, conclui-se que as vendas por telefone ainda não vêm recebendo toda a atenção que merecem.
No campo da internet, quase todos os estabelecimentos atacadistas da pesquisa possuem informações sobre endereços e telefones, mas quem quer se destacar precisa fazer mais: algumas das lojas disponibilizam, em formato digital, seus tabloides de ofertas, especificando a validade dos preços demonstrados.
E se as grandes redes precisam ficar de olho no potencial das vendas via telefone e da propaganda na internet, devem atentar também para o bom momento da economia. Dados da Fundação Getúlio Vargas mostram que o ICC (Índice de Confiança do Consumidor), subiu 1,4% em setembro, em relação a agosto.
O índice passou de 120,4 pontos para 122,1 pontos na escala que vai de 0 a 200. No mês anterior, o índice havia caído em 1% na comparação com julho. O ISA (Índice da Situação Atual) subiu 2,2%, chegando a 136,4 pontos em setembro.
Além disso, a proporção de consumidores que avaliam a situação econômica atual como boa aumentou de 23,9% em agosto para 24,5% em setembro, enquanto a dos que a consideram ruim diminuiu, de 22,9% para 21,3%.
A disputa dos atacadistas ficou da seguinte forma: O Maxxi subiu uma posição e voltou ao primeiro lugar, com R$ 70,03. No entanto, apenas R$ 0,20 o separam do Atacadão Carrefour (R$ 70,23). Em terceiro vem o Makro (R$ 71,38), e o Carvalho Mercadão ficou em quarto, com R$ 74,48.
Com estes valores, nesta semana, a diferença do mais caro para o mais barato saltou para R$ 4,45. Vale ressaltar, mais uma vez, que os produtos com especificação de marca nesta pesquisa são analisados conforme a presença da marca. Os que não possuem essa informação são registrados considerando-se a opção de menor preço.
Comparação mostra avanço nos preços
O inverno intenso, ou a falta de chuvas em outras regiões, prejudicaram a produção de frutas e hortaliças em todo o país e o resultado disso o consumidor pode perceber diretamente nos estabelecimentos onde costumam fazer a feira.
Além disso, o aumento de preços para o consumidor teve relação direta com as safras e entressafras de determinados produtos.
De acordo com a pesquisa comparativa feita pelo Jornal Meio Norte - que vem sendo realizada desde o mês de abril - nos últimos quatro meses, de maio a agosto deste ano, quase todas as frutas e hortaliças tiveram os preços reajustados.
A diferença pode ser percebida tanto com os levantamentos da Ceapi, quanto com a pesquisa observada nas quatro principais redes de supermercados da cidade.
E o consumidor não ficou à parte desta valorização e percebeu no bolso o quanto ficou mais caro ter uma alimentação mais saudável e completa. "Já senti o aumento", diz uma cliente de um dos supermercados de Teresina.
"O que a gente faz é tentar trocar os que estão na época que ficam mais baratos, mas no caso do tomate, é impossível levar menos", afirma a dona de casa Maria de Sousa Soares.
Em compensação, alguns produtos estão mais baratos porque, apesar do clima, há muita produção. Couve e radite, por exemplo, não sofreram reajuste nos preços.
Já o quilo do repolho caiu 10%.Para sobremesa, a dica é optar pelas frutas da estação e economizar, como a laranja e a melancia que vêm de mais perto e têm o preço menos oneroso.
De acordo com os especialistas, a tendência é que, com o aumento das temperaturas e a chegada das chuvas em outras regiões, os preços das frutas e hortaliças no estado fiquem estáveis nos próximos meses.