A TIM vai solicitar nesta segunda-feira a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) um prazo maior para efetivar a suspensão da oferta "Infinity Day". A empresa afirmou que cumprirá a decisão judicial que negou recurso contra a medida da Anatel publicada na última sexta-feira.
A operadora também irá apresentar dados adicionais sobre a infraestrutura de suporte do serviço e uma proposta de acompanhamento técnico da evolução da promoção. Segundo a agência, a oferta que cobra apenas R$ 0,50 na primeira chamada do dia entre celulares TIM - as demais não apresentam custo ao consumidor - tem potencial para gerar instabilidade no sistema.
Ainda na sexta-feira, a TIM se defendeu e apontou que "não existe qualquer potencial de instabilidade" de sua rede e que cerca de 12 milhões consumidores finais serão afetados pela decisão de suspender a promoção. Conforme a decisão, a TIM deverá interromper a comercialização da oferta, enquanto os consumidores que já adotaram vão usufruir dos preços até às 23h59 do dia 18 de novembro, para "evitar lesão a direitos dos usuários".
A empresa pode sofrer multa de até R$ 210 mil por dia em cada Estado onde a promoção for oferecida. Segundo o site da TIM, a promoção iria de 11 de novembro a 15 de janeiro. Um plano similar vale para chamadas interurbanas e fixas também dentro da rede da TIM. Considerados "ilimitados" pela operadora, os diversos pacotes "Infitiny", que incluem também planos de dados, têm sido uma estratégia bem-sucedida da TIM, levando a operadora no ano passado ao segundo lugar da telefonia móvel no País em número de assinantes.
A medida é mais um revés para a empresa do grupo Telecom Italia, que teve sua imagem abalada nos últimos meses após uma suspensão das vendas móveis em julho e de acusações de que derrubava certas chamadas para forçar usuários a realizarem novas ligações. Em nota, a empresa afirmou que "o objetivo da promoção Infinity Day é de disponibilizar mais um serviços inovador de excelência aos seus clientes a preços competitivos, estimulando a democratização do acesso à telefonia móvel no País".