Trancado a ‘sete chaves’: você sabe o que está por trás da alta do azeite?

O preço do azeite de oliva aumentou 49,42% nos últimos 12 meses, tornando-se um dos produtos com maior inflação no Brasil.

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O preço do azeite de oliva aumentou 49,42% nos últimos 12 meses | Reprodução/Redes sociais

Nos últimos doze meses, houve um aumento significativo no preço do azeite de oliva, conforme dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgados em maio, que apontaram um incremento de 49,42%. Com informações o Economic News.

Este aumento coloca o azeite de oliva como um dos produtos com maior inflação no período, ficando atrás apenas da cebola (com 86,13%), tangerina (58,02%) e batata-inglesa (57,94%).

CAUSA

A principal causa desse aumento nos preços é atribuída à terceira estiagem consecutiva na Espanha, maior produtora mundial de azeite de oliva. Esse fenômeno climático adverso impactou diretamente na produção e nos preços do azeite, transformando-o em um item de consumo mais caro tanto na Europa quanto no Brasil. 

Em países como a Espanha, onde o preço por litro já atinge cerca de R$ 41,00, a crise levou supermercados a implementarem medidas rigorosas de segurança, como o uso de lacres nos recipientes de azeite.

AUMENTOS SUCESSIVOS

No Brasil, a situação não é diferente. Em dezembro de 2022, o preço médio do azeite era em torno de R$ 27, de acordo com dados do Procon-SP. No ano seguinte, esse valor aumentou para R$ 42 e, atualmente, é raro encontrar azeite de oliva por menos de R$ 49. 

Supermercados como Extra e Pão de Açúcar começaram a adotar lacres antifurto em suas garrafas de azeite aproximadamente cinco meses atrás, como medida para prevenir furtos. Em São Paulo, a rede Mambo optou por aumentar a segurança para combater a mesma prática.

GARRAFAS TRANCADAS

Em um mercado em Ipanema, Rio de Janeiro, por exemplo, as garrafas de azeite agora são mantidas trancadas e requerem a assistência de um funcionário para serem acessadas. Bares e restaurantes também enfrentam o impacto do aumento de preços. 

Joaquim Saraiva, diretor da AbraselSP, menciona que os estabelecimentos estão buscando alternativas para não repassar integralmente os custos aos clientes, mantendo sua competitividade. Algumas soluções incluem substituir o azeite por composições alternativas em certos pratos, como utilizando limão e outros ingredientes.

RECOMENDAÇÕES

Mikaela Paim, especialista em azeites, destaca uma preocupação crescente com a falsificação de produtos, um problema que pode comprometer a saúde dos consumidores. 

Ela recomenda atenção aos rótulos e a preferência pelo azeite extra virgem, que oferece mais benefícios à saúde. Paim alerta que azeites falsificados frequentemente apresentam odores e sabores anômalos, além de alta acidez.

Especialistas do setor não preveem uma redução nos preços do azeite no curto prazo, sugerindo que os valores continuarão elevados nos próximos dois anos. O Brasil, que consome cerca de 100 milhões de litros de azeite anualmente, depende significativamente de importações devido à produção interna limitada, que representa apenas 0,6% da demanda total. Essa dependência torna o mercado brasileiro vulnerável a oscilações externas.



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