O volume de carros importados emplacados subiu 19,9% em agosto em relação a julho. Ao todo, foram vendidas no mês 10.041 unidades contra 8.377 no período anterior. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (15) pela Associação Brasileira das Empresas Importadoras de Veículos Automotores (Abeiva), que representa 30 marcas, entre elas, BMW, Porsche, Ferrari, Kia Motors, Volvo, Land Rover e Chery. Na comparação com agosto de 2009, a expansão chega a 154,6%. Na época foram emplacadas 3.944 unidades. No ano passado, as vendas haviam sido afetadas pela crise mundial e pelo aumento do dólar, além da maior facilidade em comprar carros nacionais por causa do desconto sobre o IPI – os modelos importados têm na formulação de preço a alíquota de importação de 35% sobre o preço do veículo. No acumulado dos oito meses do ano, a Abeiva aponta forte alta, de 148,9%, com 60.218 unidades. No ano passado, o acumulado de janeiro a agosto foi de 24.194 veículos. “Com esse desempenho, devemos encerrar o ano com 90 mil unidades emplacadas”, afirma o presidente da Abeiva, José Luiz Gandini, que também preside a Kia Motors. Segundo ele, se o Brasil continuar no mesmo ritmo de crescimento e o mercado crescer, a Abeiva deverá atingir o volume de 120 mil unidades vendidas em 2011, o que chegaria ao último recorde, de 1995. “Não se sabe o que vai acontecer porque será um ano pós-eleição. Acreditamos também que no ano que vem o câmbio fique em torno de R$ 1,90", pondera Gandini. As vendas no atacado – das importadoras para as concessionárias – mostraram alta de 62,8% em agosto, na comparação com o mês anterior. Foram 13.428 unidades contra 8.247 veículos em julho. No acumulado de janeiro a agosto, a alta é de 181,6% em relação ao mesmo período de 2009. Embora os resultados sejam positivos para as importadoras, o presidente da Abeiva afirma que a participação das importadoras independentes é pouco significativa ao considerar o volume de veículos importados pelas montadoras instaladas no Brasil. A maioria de tais importações é beneficiada pelos acordos bilaterais com países como México e Argentina, que não são submetidas à alíquota de 35%. “Fala-se muito da "ameaça" do aumento das importações, mas quem mais importa são as próprias montadoras do país. O ministro Miguel Jorge, inclusive, reconhece isso”, reclama Gandini. De acordo com dados da Abeiva, do total de veículos vendidos no mercado brasileiro em agosto, 80,74% (239.477 unidades) foram carros fabricados no país, 15,87% (47 mil) foram modelos importados pelas montadoras e 3,4% (10 mil) importados pelas filiadas à Abeiva. Mesmo assim, a participação da Abeiva cresce, já que em 2009 era de apenas 1,44%. Com isso, a rede de concessionárias também se expande. Em agosto, somaram-se na rede de distribuição 495 lojas. Segundo Gandini, o ano deve fechar com 575 pontos de vendas das associadas. Vai faltar Kia Cerato no mercado Além de rebater as críticas às importações, Gandini reclamou da demora entre três e quatro meses para a homologação de produtos que chegam ao mercado nacional. Segundo ele, o Kia Cerato, por exemplo, sofreu alterações na Coreia do Sul no sistema que abrange motor e transmissão. Assim, o modelo teve de passar por uma nova homologação no Brasil e ainda não foi liberado. “Por causa disso, vai faltar nos nossos estoques o Cerato”, diz.
Vendas de importadoras de carros sobem 19,9%
Marcas devem fechar 2010 com 90 mil unidades vendidas no país.
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