As lojas brasileiras venderão 29 smartphones por minuto neste ano, segundo projeção da IDC. Em 2011, foram 17. Enquanto 8,9 milhões de aparelhos foram comercializados em 2011, as vendas devem chegar a 15,4 milhões de unidades neste ano, diz a IDC. Um aumento de 73%. A forte difusão dos smartphones no país é impulsionada por três fatores.
Os fabricantes entram com a ampliação do portfólio de celulares inteligentes -focando modelos mais baratos. Depois de cair 20% no ano passado, o preço deve ficar 6% menor em 2012.
As operadoras de telefonia contribuem com o lançamento de serviços voltados para a internet, como pacotes de dados até mesmo para celulares pré-pagos.
A afinidade do consumidor brasileiro com tecnologia completa o cenário, diz Bruno Freitas, analista sênior da IDC para smartphones.
As vendas crescentes alçarão o Brasil à quarta posição global em 2016, desbancando o Reino Unido.
A Índia também se tornará um dos cinco principais mercados de celulares inteligentes nos próximos quatro anos. O país passará a região do Oriente Médio e África, ocupando o 10° lugar em 2012.
A IDC considera smartphone somente os celulares com sistema operacional.
Os aparelhos que rodam Android continuam líderes no mercado brasileiro, com mais de 50% de participação. A IDC não revela a participação de dispositivos, como iPhone ou Blackberry.
A principal mudança em 2012, no entanto, caberá à China. O país asiático encabeçará o ranking, superando os EUA, diz a IDC.
"Não há volta para essa mudança na liderança", disse em nota Wong Teck Zhung, analista sênior da IDC para Ásia e Pacífico.
A virada chinesa é fruto da proliferação de celulares inteligentes a baixo custo (menos de US$ 200), promovida pelas gigantes Huawei, ZTE e Lenovo. Soma-se a isso o enorme mercado consumidor da China.
Os países emergentes liderarão o crescimento do mercado de smartphones nos próximos anos, afirma a IDC.
A trinca Brasil, China e Índia vai saltar da atual participação de 22,2% do consumo global para 34,2% em 2016.
Para isso, terão de adotar medidas para diminuir os altos preços dos aparelhos e dos pacotes de dados.