Vendas do comércio cresceram 0,5% no mês de maio, conforme pesquisa

Foi a primeira alta do indicador após três meses seguidos de queda. Frente a mesmo mês de 2013, setor de veículos teve três quedas seguidas.

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As vendas do comércio varejista cresceram 0,5% em maio, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na comparação com o mês anterior. É a primeira alta do indicador após três meses seguidos de queda. Em abril, o recuo foi de 0,4%.

?A gente vem desde fevereiro em queda. (...) Poderia dizer que o comportamento das famílias respondeu melhor às possibilidades de crédito que existem. Houve de fato aumento de vendas e você vê que são atividades bastante relacionadas aos presentes do Dia das Mães?, explicou Juliana Paiva Vasconcelos, gerente de análise da Coordenação de Serviços e Comércio do IBGE.

Em relação a maio de 2013, as vendas do varejo tiveram alta de 4,8%. No ano, a alta acumulada é de 5% e em 12 meses, de 4,9%.

Na passagem de abril para maio, a receita do setor cresceu 1%, segundo o IBGE. Na comparação com maio do ano passado, a alta na receita foi de 11,4%, acumulando altas de 11,2% no ano e de 11,7% em 12 meses.

As oito atividades pesquisadas tiveram alta no volume de vendas em maio ante abril: equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (2,4%); outros artigos de uso pessoal e doméstico (2,4%); livros, jornais, revistas e papelaria (1,9%); móveis e eletrodomésticos (1,8%); artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (1,2%); tecidos, vestuário e calçados (0,5%); hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,1%); e combustíveis e lubrificantes (0,1%).

?Em relação ao eletrodoméstico, a gente teve o início da corrida dos televisores e ofertas para a Copa do Mundo, que iniciou em meado de junho. Então, essa atividade está influenciada pela Copa do Mundo que começou em junho?, disse Juliana, do IBGE.

Veículos e materiais de construção

Considerando o varejo ampliado, no entanto, que inclui veículos e motos, partes e peças, e material de construção, houve recuo de 0,3% nas vendas em maio, frente a abril. O recuo foi puxado pelo setor automotivo, cujas vendas tiveram queda de 1,9% na mesma comparação. Para os materiais de construção, o recuo foi de 0,3%.

Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, o setor de veículos e motos, partes e peças acumulou três meses de perdas, com baixa de 6,3%. Em março, a queda fora de 15,9%, e em abril, de 10%.

?Em veículos, você tem o incentivo do IPI, mas apesar do crédito disponível, as famílias têm recorrido menos às linhas de crédito mais estendidas. Ou porque a necessidade de troca do bem durável não seria tão grande ou por acharem que a qualquer momento que quiserem têm esse IPI, que não está no patamar mais baixo, nem no mais elevado?, completou Juliana Paiva.

Também na comparação anual, tiveram queda nas vendas os setores de livros, jornais, revistas e papelaria (-3,2%) e equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (-2,8%).

Foram registradas, por outro lado, altas de 3,1% para hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo; 12,4% em outros artigos de uso pessoal e doméstico; 8,3% para móveis e eletrodomésticos; 10,0% em artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos; 1,9% para Combustíveis e lubrificantes; e 1,9% em Tecidos, vestuário e calçados.

Segundo Juliana Paiva, a variação de 3,1% no volume de vendas nos hipermercados se deu porque a ?possibilidade de crédito disponível e preços da alimentação de domicílio está bem equiparado à inflação mensal segundo o IPCA?.

Por regiões

Em relação a maio de 2013, o maior crescimento nas vendas foi registrado no Acre, de 16,5%, seguido por Tocantins (14,4%); Rondônia (14,1%); Amapá (10,1%) e Ceará (9,3%). A menor alta foi vista no Espírito Santo, de 1,9%.

O Acre também teve o melhor resultado frente a abril, com alta de 16,1%, seguido por Amazonas (5,1%); Bahia (3,8%); Rondônia (3,7%); e Tocantins (2,9%). Já as maiores quedas ocorreram no Amapá (-2,9%); Espírito Santo (-0,9%) e São Paulo (-0,4%).

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