Em entrevista exclusiva ao Agora na terça-feira (22), o governador Wellington Dias (PT) sinalizou que espera uma retomada do crescimento econômico, a partir do segundo semestre do próximo ano, caso a vacinação caminhe dentro do esperado e o Governo Federal viabilize as condições para que os empreendedores se recuperem, facilitando ainda a geração de emprego e renda com o andamento das obras.
"A previsão que estamos trabalhando é janeiro começando a partir do dia 21, indo em direção ao maio, temos condiçõees de imunizar mais de 70% da população brasileira se seguirmos aquilo que estamos defendendo, carga plena do Butantan, Fiocruz, União Química, quanto mais cedo alcannçarmos esse objetivo melhor, pois saímos da situação de calamidade. A calamidade dá instrumentos, como fez agora os Estados Unidos que aprovou mais de R$ 4 trilhões para enfrentar, a ideia é que o Brasil com a calamidade prorrogada, possamos de um lado ter uma rede social, com menos quebra da economia, esta rede de proteção tem que ser alinhada com um plano de retomada, tem que ter um ambiente criado na retomada de um conjunto de obras que no Brasil inteiro estão paralisadas, mas garantindo também condições de créditos, para que paralelo a isso tenhamos uma estrutura segura para a produção, o objetivo é ter uma trazição entre o auxílio financeiro, auxílio às pessoas e aos empreendedores, o país aguenta isso por muito tempo? Não. Por isso de outro lado tem que garantir instrumentos reais para gerar a atividade fruto da riqueza. Estou bastante animado se tivermos um caminho seguro para a vacina e outro um caminho para a retomada da economia, teremos uma situação favorável já no segundo semestre de 2021".
Restrições
Para evitar a disseminação da nova cepa do coronavírus, identificada no Reino Unido e na Austrália, o governador Wellington Dias (PT) encaminhou pedido ao Ministério da Saúde para a adoção de restrições dos turistas vindos as regiões afetadas. O indicativo segue a decisão já tomada por outras nações do mundo, estima-se que o poder de infecção da nova variante seja 70% maior.
"O fato de termos que paralisar atividades econômicas, a vida toda trabalhei para estimular atividades econômicas, mas ali era necessário, pois não conhecíamos, olha o que está acontecendo no Reino Unido, 40 países já suspenderam voos, ainda hoje oficializamos que o Brasil adote medidas para evitar a importação dessa nova mutação do coronavírus, estamos chegando a cerca de 200 mil pessoas que perdemos, pessoas como Humberto Coelho, assim como ele cerca de 200 mil pessoas em todo o Piauí, e é em nome disso que adotei as medidas, e sem o conhecimento na época, tomaria novamente, e olhando os dados do Piauí vimos que foi o acertado", disse em entrevista ao Agora na terça-feira (22).
O líder estadual ainda comentou as decisões difíceis que teve que adotar ao longo da pandemia, fazendo o pedido para que a população siga respeitando as medidas de isolamento nas festas de final de ano. "Eram decisões muito dificéis, por isso estou estimulando que as pessoas tenham a oportunidade com a família, de um número limitado, ter uma alegria. Muita gentee em depressão em razão dessa situação, há a necessidade de muito amor, carinho, coisas simples, o gesto de pegar nas mãos. A máscara, a máscara incomoda, e assim sei qu muita gente", frisou.
Herança para a saúde
"Foi um desafio muito grande, temos uma rede que permanece para outras doenças, temos pessoas que tem problemas crônicos, há uma rede para trabalhar essa parcela da população, paralelo a isso tivemos que criar uma outra rede, espalhado em todo o Estado, já desativamos o Verdão, algumas unidades, estamos usando 45% dos leitos disponíveis para a Covid, não há colapso em nenhuma região de saúde, temos um elo extraordinário com programas como o Busca Ativa, neste final de ano nós já aprendemos mais, o uso da máscara, higiene, distanciamento, isso nos permite uma forma de convivência diferente, mas segura, é claro que tem gente que teima e tanto pega coronavírus, como leva para pessoas que tem comorbidades, com idades mais avançadas, o que queremos manter é o protocolo, se virarmos o ano cumprindo regra, começa em janeiro a vacinação, conseguimos sair".