O mestre em Economia Sebasti?o Carlos, assessor da ?rea t?cnica da Funda??o Cepro, recomenda aos servidores p?blicos que paguem suas d?vidas com o dinheiro do d?cimo terceiro sal?rio. Para ele, a melhor solu??o ? pagar as contas para que no pr?ximo ano as finan?as n?o fiquem fora de controle. Para que isso aconte?a ? preciso evitar as promessas das lojas e resistir aos apelos da televis?o.
Para Sebasti?o Carlos, ? falta de senso comprometer o que se recebe no dia e ainda adquirir mais bens para serem pagos no futuro. Ele explica que o d?cimo terceiro sal?rio representa uma renda extra no or?amento do servidor e deve ser usado justamente para abater as d?vidas feitas no decorrer do ano que se encerra. ?Se a pessoa pega o d?cimo terceiro e faz novas d?vidas vai caminhar para a insolv?ncia?, lembra o economista.
O economista da Funda??o Cepro, que atua na avalia??o de desempenho municipal e mercado de trabalho, lembra Max Weber, um fil?sofo da Economia, para aconselhar: ?o bom pagador ? dono do bolso alheio?.
Por isso, ele fundamenta sua opini?o sobre o melhor destino para o d?cimo terceiro. "Esse dinheiro serve para interromper o ciclo de apologia ao consumo de pessoas que, influenciadas pelas regras do capitalismo, confundem o esp?rito de Natal com a id?ia de consumo. Na verdade ? um momento de reflex?o sobre a bondade e a solidariedade, mas muita gente aproveita o per?odo para se endividar e comer muito", explica.
Sebasti?o Carlos explica essa tend?ncia como estrat?gia do capitalismo utilizada por empres?rios e governo: um vende e o outro cobra o imposto. Lembra que h? empresas que s? saldam d?bitos fiscais com as vendas de fim de ano, exatamente, quando cresce o volume de tributos arrecadados pelo fisco.
Assim, sua receita para o d?cimo terceiro ? bastante singela: pagar as contas em primeiro lugar; em segundo gastar apenas com o necess?rio.