Edison Lobão encara o Apagão

Edison Lobão encara o Apagão

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O fantasma do apag?o energ?tico volta a rondar o Pa?s. Reservat?rios vazios, alta de pre?os de energia no mercado e a possibilidade de racionamento comp?em um cen?rio sombrio que a popula??o imaginava j? ter ficado para tr?s. Nos pr?ximos tr?s anos, o Brasil vai ter que contar com a ajuda de S?o Pedro para n?o ter que enfrentar um novo apag?o como o de 2001. E a amea?a de um colapso energ?tico n?o poderia ter vindo em momento mais inadequado: em meio a uma queda-de-bra?o no governo por postos-chave do setor energ?tico. De um lado a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, at? ent?o a todo-poderosa da energia, e de outro o PMDB, do senador Jos? Sarney (PMDB-AP). A primeira batalha foi vencida pelo PMDB. Pressionado a recompor a base de apoio no Congresso, necess?rio para aprovar o pacote de medidas de compensa??o ? perda da CPMF, o presidente Luiz In?cio Lula da Silva anunciou uma dan?a de cadeiras na ?rea. Sai o ministro interino de Minas e Energia, Nelson Hubner, t?cnico ligado ? ministra da Casa Civil, e assume o senador do PMDB maranhense, Edison Lob?o, apadrinhado por Sarney. ?Ent?o est? feito, vai ser ele?, disse Lula em conversa com a c?pula do PMDB na noite da quinta-feira 10, no Pal?cio do Planalto.

Jornalista e advogado por forma??o, Lob?o toma posse diante de uma encruzilhada. Al?m de vencer as desconfian?as dentro do governo, por n?o ter experi?ncia na ?rea, ter? de administrar os dois Brasis que, por sorte ou azar dele, calharam de se encontrar na Pasta de Minas e Energia. O Brasil pol?tico, movido pela troca de cargos por apoio no Congresso, e o Pa?s da economia real, do crescimento, da gera??o de empregos e que precisa mais do que nunca de energia para fazer funcionar a mola propulsora do desenvolvimento. O desafio de Lob?o ? imenso. Embora o Brasil possua uma das maiores bacias hidrogr?ficas do mundo, as hidrel?tricas existentes no Pa?s ainda n?o s?o suficientes para atender ao consumo, principalmente agora que a economia cresceu. O alerta foi dado durante a semana pelo diretor-geral da Ag?ncia Nacional de Energia El?trica (Aneel), Jerson Kelman. Caso se mantenha, at? o fim de abril, o baixo n?vel pluviom?trico verificado neste in?cio de per?odo de chuvas, se far? necess?rio a apresenta??o de um plano de racionamento. Apesar de a previs?o n?o ter sido endossada pelo ministro interino, Nelson Hubner, o presidente Lula revelou preocupa??o em conversa a portas fechadas com Dilma, que, em f?rias, foi chamada ?s pressas a Bras?lia para discutir a quest?o. A primeira medida: foram acionadas seis usinas termel?tricas a ?leo no Sudeste para aumentar a oferta de eletricidade em at? 1.200 megawatts (MW).

Os n?meros s?o mesmo preocupantes. Com um volume de chuvas abaixo da m?dia dos ?ltimos 76 anos, a ?gua armazenada nos reservat?rios do Sudeste caiu para 44,9%, quando o limite m?nimo estabelecido pelo governo era de 51%. A gera??o de energia tem ficado em cerca de 4,5 mil MW m?dios, apesar de o Pa?s ter capacidade para gerar at? 12 mil megawatts (MW) de t?rmicas, o que corresponde a menos de 10% do consumo nacional. A quest?o do g?s tamb?m n?o foi solucionada. A combina??o entre g?s natural e energia hidrel?trica depende agora da importa??o de g?s liquefeito de petr?leo (GNL) pela Petrobras. Lob?o diz que uma das alternativas para resolver a crise ? obter mais g?s da Bol?via. Mau come?o para o ministro. Todos os especialistas sabem que a Bol?via n?o tem mais g?s para entregar. ?O importante ? saber administrar?, disse o senador, que recha?a as cr?ticas de que n?o ? do ramo lembrando que o governador de S?o Paulo, Jos? Serra, foi um ?timo ministro da Sa?de, ?mesmo sendo economista?, e o m?dico Ant?nio Palocci foi um excelente ministro da Fazenda.

Domar o chamado ?Brasil pol?tico? tamb?m n?o ser? tarefa f?cil. Crist?o-novo no PMDB, Lob?o desembarca no Minist?rio pressionado a saciar a sede do partido por cargos. O fantasma do apag?o joga a favor de Dilma. A ministra controla, hoje, mais de 30 cargoschave no Minist?r

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