A vida de classe média do empresário Eike Batista não está fácil. Depois de seus luxuosos bens serem apreendidos pela Polícia Federal e ver o juiz federal Flávio Roberto de Souza dando "uma voltinha" em um deles - o Porsche Cayenne -, o ex-bilionário teve uma boa notícia: ele poderá pagar parcelado, em até 40 anos, os R$ 1,1 bilhão que deve à Caixa Econômica Federal.
De acordo com o blog Radar On-line, de Lauro Jardim, o banco federal entrou "sem necessidade" no processo de recuperação judicial do estaleiro OSX para reaver o dinheiro.
Isso porque, segundo a Lei de Falências, a Caixa deveria "estar blindada porque o pagamento do financiamento estava garantindo pela alienação fiduciária de bens da OSX, suficiente para cobrir quase duas vezes o valor da dívida."
O blog acrescenta que toda a operação foi tocada pelo diretor jurídico Jailton Zanon, indicado por Ricardo Berzoini.
Bens apreendidos
No início de fevereiro, a Polícia Federal tem apreendido diversos bens do empresário em suas casas no Rio de Janeiro e em Angra dos Reis. Entre os itens, estão seis carros de luxo, iate, jet-skis, 16 relógios, esculturas, um falso ovo Fabergé e um piano de cauda.
O objetivo é garantir o bloqueio de R$ 3 milhões determinado pela Justiça. Ou seja, caso Eike seja condenado por crime contra o mercado financeiro, o dinheiro obtido a partir do leilão desses bens será usado para o pagamento de indenizações e multas do processo.