O fenômeno climático El Niño está gradualmente perdendo a sua força, porém o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) alerta que os efeitos causados pelo evento devem se prolongar até abril deste ano. Espera-se que as anomalias climáticas diminuam em fevereiro e março, com temperaturas do Oceano Pacífico retornando ao normal entre abril e maio.
Conforme o Inmet, o fenômeno altera os padrões de circulação atmosférica (ventos), transporte de umidade, temperatura e chuvas, em particular em regiões tropicais, aumentando a probabilidade de ocorrência de déficit de chuvas e aumento das temperaturas em parte das Regiões Norte e Nordeste, e aumento da probabilidade de excesso de chuvas em parte da Região Sul. No entanto, o órgão ressaltou que nem todo evento El Niño gera impactos típicos.
Previsão probabilística do IRI para ocorrência de El Niño ou La Niña./ Foto: Inmet
El Niño de 2023-2024 é classificado atualmente como forte. Ele intensificou uma alta na temperatura das águas que chegou a superar os 2°C. O Inmet informou que a intensidade do fenômeno deve mudar de moderada para fraca nos próximos meses com possibilidade de formação do La Niña no segundo semestre.
“As previsões de Temperatura da Superfície do Mar (TSM) para a região do Oceano Pacífico Equatorial, produzidas por modelos climáticos globais, indicam alta probabilidade (98%) de que as condições do El Niño continuem a se manifestar nos próximos meses (fevereiro-março-abril) e persistam até, pelo menos, abril de 2024”, disse o Inmet.
Assim, durante o próximo trimestre as condições climáticas e meteorológicas no país serão influenciadas por esse fenômeno. A maioria dos modelos climáticos sugerem o enfraquecimento do fenômeno El Niño, com anomalias de temperatura da superfície do mar na região do Pacífico central inferiores a 1.4° C.
“De acordo com as projeções estendidas do IRI (International Research Institute for Climate and Society), as anomalias de temperatura da superfície do mar irão atingir a neutralidade no outono/2024, com possibilidade da formação do fenômeno La Niña no segundo semestre de 2024”, pontuou o boletim divulgado pelo o instituto em janeiro deste ano.