Uma mulher identificada como Celia Bratiz sosa foi condenada a cumprir uma pena de 14 anos por permitir que o seu marido abusasse sexualmente de sua filha por sete anos. Ela não só ajudava como até pedia que o marido, padrasto da vítima, cometesse os abusos sexuais afirmando que a menina "tinha um demônio dentro de si e que aquilo poderia ajudá-la".
A vítima, que tem 17 anos atualmente, contou que começou ser abusada pelo padrasto quando tinha apenas 8 anos e que chegou até a engravidar dele, mas foi levada para o Paraguai para fazer um aborto.
Segundo o jornal Metro, o namorado de Celia está foragido e está sendo procurado pela Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol) desde que seus crimes vieram a público.
"Tudo começou quando eu era uma criança, tinha só oito anos. Ele estava sempre bêbado, me acordava e pedia para fazer coisas nojentas que eu não queria. Foi Sergio que começou a dizer que eu era má e que tinha um demônio dentro de mim. Minha mãe acabou acreditando e deixava que ele me violentasse. Eu nunca gostei dele”, conta a vítima em um tribunal de Buenos Aires.
Denúncia e condenação
A garota só quebrou o silêncio em 2015, quando teve o apoio da avó, que a ajudou a formalizar a queixa junto das autoridades e a levou para um hospital na capital argentina, onde realizou exames que vieram a comprovar as agressões sexuais.
"Os estupros se tornaram frequentes. Lembro que sempre quando me deitava, ele dizia que eu não podia dormir porque tinha coisas para fazer. Minha mãe o ajudava, me batia com um cinto para que eu não o desobedecesse. Às vezes durava toda a noite, e ele nem sempre usava preservativo”, revelou a menor.
Celia Beatriz Sosa foi condenada por abusos sexuais da menor, além de ter sido sentenciada por maus-tratos infantis, agressão e obstrução à Justiça. Ela foi levada para prisão feminina de Ezeiza, em Buenos Aires, onde passará mais de uma década.