Elefantes atacam campo de refugiados e deixam 12 mortos

Animais já mataram 12 moradores e destruíram dezenas de casas

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Ataques com elefantes vêm acontecendo com cada vez mais frequência no campo de refugiados rohingya em Bangladesh. É o maior e mais densamente povoado assentamento do tipo do mundo. Os elefantes já mataram 12 refugiados e destruíram dezenas de casas.

Imagens de um cinegrafista amador mostram um desses animais vagando enfurecido dentro do campo. O filho da refugiada Monu Ara foi um dos mortos; ele tinha apenas dez anos.

"O elefante o esmagou. Meus filhos são minha única fonte de alegria. E agora perdi um filho", diz ela. "Pedi a ele que fosse à escola, mas ele queria brincar com seus amigos. Seu irmão mais velho o viu e lhe pediu que fosse estudar", acrescenta.

No caminho, o elefante atacou e matou Foyas, pisoteando-o até a morte. Os campos atravessam uma rota centenária de migração de elefantes. Perdidos, os animais acabam ficando confusos e assustados, adotando um comportamento agressivo. Nenhum elefante morreu até agora.

A ONU está instalando torres de observação e treinando pessoas para evitar mais tragédias.

O objetivo da medida é proteger tanto os refugiados quanto os elefantes. Desde agosto de 2017, segundo a ONU, mais de 670 mil rohingyas já fugiram de Myanmar em direção a países vizinhos, sobretudo Bangladesh, onde são perseguidos e assassinados.

A limpeza étnica desencadeou uma das maiores crises humanitárias do século 21.

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