O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta segunda-feira (21) durante entrevista concedida no hotel onde está hospedado em Davos, na Suíça, que pretende mostrar no Fórum Econômico Mundial as medidas que o governo está adotando para que o mundo "restabeleça a confiança" no Brasil.
Segundo ele, o objetivo é fazer com que os negócios "voltem a florescer entre o Brasil e o mundo, sem o viés ideológico". O presidente destacou em especial o agronegócio, responsável pela maior parte das exportações brasileiras.
"Queremos mostrar, via nossos ministros, que o Brasil está tomando medidas para que o mundo restabeleça a confiança em nós, que os negócios voltem a florescer entre o Brasil e o mundo, sem o viés ideológico, que nós podemos ser um país seguro para investimentos. E em especial a questão do agronegócio, que é muito importante para nós, é a nossa commodity mais cara. Queremos ampliar esse tipo de comércio. E para isso, estamos aqui para mostrar que o Brasil mudou", declarou.
Bolsonaro discursará nesta terça-feira (22) no Fórum Econômico Mundial. Segundo ele, o discurso foi preparado e revisado por vários ministros e será "muito curto, objetivo, claro".
"Discurso muito curto, objetivo, claro, tocando nesses pontos que eu falei para vocês aqui. Foi feito e corrigido por vários ministros para que nós déssemos o recado mais amplo possível sobre o novo Brasil que se apresenta com a nossa chegada ao poder", afirmou.
Durante a entrevista, de menos de dois minutos, ele também respondeu a uma pergunta sobre a Venezuela: "Esperamos que rapidamente mude o governo da Venezuela".
Além de Bolsonaro, a comitiva brasileira na Suíça é composta pelos ministros Sérgio Moro (Justiça e Segurança Pública), Ernesto Araújo (Relações Exteriores), Paulo Guedes (Economia), Gustavo Bebianno (Secretaria-Geral da Presidência) e Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional). O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente, também integra a comitiva.