Apoiadores de Guaidó deixam Embaixada da Venezuela em Brasília
Apoiadores do presidente autoproclamado da Venezuela, Juan Guaidó, deixaram o prédio da embaixada do país, em Brasília, após uma ocupação que durou mais de 12 horas. O grupo, formado por 14 pessoas, estava no local desde as 5h desta quarta-feira (13).
Pela manhã, manifestantes que apoiam o presidente Nicolás Maduro fizeram protestos em frente ao prédio e denunciaram que o local foi invadido. Os seguidores de Guaidó afirmam que as portas foram abertas para que eles assumissem a Embaixada
De acordo com o encarregado de negócios da Embaixada Freddy Meregote, que é ligado ao presidente Maduro, "parte da negociação foi que os invasores não seriam detidos". Segundo Meregote, eles foram apenas identificados e liberados.
Vestidos com camisas brancas, o grupo formado por homens e mulheres deixou primeiro o prédio e se posicionou no jardim da Embaixada. Em seguida, saiu do local por um portão lateral e entrou em um ônibus.
GSI diz que Bolsonaro jamais incentivou invasão da embaixada da Venezuela
Uma nota divulgada nesta terça-feira (13), pelo Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República afirma que o presidente Jair Bolsonaro "jamais tomou conhecimento e, muito menos, incentivou a invasão da embaixada da Venezuela".
"As forças de segurança, da União e do Distrito Federal, estão tomando providências para que a situação se resolva pacificamente e retorne à normalidade."
O comunicado do GSI foi divulgado por volta das 11h30. Uma nova nota foi enviada ao meio-dia.
No primeiro documento, o GSI atribui a "invasão" a "partidários do Sr. Juan Guaidó". No texto enviado em seguida, o gabinete retirou a referência ao presidente autoproclamado.
A sede do governo venezuelano no Brasil foi ocupada, por volta das 5h desta terça, por seguidores do autoproclamado presidente Juan Guaidó. A Polícia Militar foi chamada para reforçar a segurança no local.
Apesar de o governo brasileiro reconhecer Guaidó como presidente venezuelano, a representação diplomática em Brasília é administrada por funcionários do presidente Nicolás Maduro.
O incidente ocorre no momento em que Brasília é sede da cúpula do Brics (grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).
O atual responsável pela embaixada, Freddy Meregote, encarregado de negócios que foi nomeado pelo governo Maduro, afirma que o imóvel foi invadido. Já o grupo pró-Guaidó diz que empregados "abriram as portas voluntariamente".
Ocupação e protestos
Por volta das 5h, a Polícia Militar do Distrito Federal foi chamada para reforçar a segurança na embaixada da Venezuela. A corporação informou que pelo menos 14 pessoas haviam ultrapassado os portões.
Do lado de fora, cerca de 30 manifestantes demonstravam apoio ao atual corpo diplomático - nomeado por Maduro.
Às 8h, o grupo pró-Maduro forçou a entrada da embaixada, e apoiadores de Guaidó estacionaram um carro na frente do portão, pelo lado de dentro. A PM separou a confusão com o que parece ser gás de pimenta e fechou os portões
Embaixada da Venezuela em Brasília é invadida por ativistas pró-Gauidó
A embaixada da Venezuela em Brasília foi invadida na manhã desta quarta-feira (13), por um grupo simpatizante de Guaidó. Com informações da Folha.
No twitter, o jornalista Renato Bivai publicou: "Neste momento um grupo fascista está invadindo a embaixada da Venezuela em Brasília. O deputado Paulo Pimenta pede que todos que estiverem na cidade se dirijam pra lá".
Pelas redes sociais, parlamentares de partidos de esquerda se dirigiram ao local, solicitando a presença de todos que pudessem conter a invasão. Em áudio distribuído pelo Whatsapp, Ana Prestes, colaboradora da revista Fórum e que estava na embaixada, afirmou que a invasão foi seguida de violência. “Tá tendo luta corporal lá dentro”.
Segundo relatos, ao menos 30 invasores participaram da ação, que ocorre durante a reunião do BRICs em Brasília. Por conta do evento vários acessos da cidade estão fechados, o que dificulta a chegada de outros funcionários e militantes à embaixada.
Os invasores seriam ligados a Juan Guaidó, que é reconhecido pelo governo brasileiro como presidente da Venezuela após ele se autoproclamar e tentar um golpe no país vizinho. Segundo reportagem do Valor, um grupo de funcionários da embaixada da Venezuela em Brasília “desertou” do governo Nicolás Maduro e permitiu, pela primeira vez, a entrada de Tomás Alejandro Silva, ministro-conselheiro da embaixada nomeado por Guaidó.
Silva teve o acesso liberado de forma inédita. Outros funcionários leais a Maduro, como o atual adido militar, se dirigiram imediatamente então à embaixada e o clima ficou tenso.
O deputado Paulo Pimenta (PT-RS) conseguiu entrar. “A embaixada foi sitiada por um grupo de brasileiros e de venezuelanos, houve confronto violento. Eles tentaram tomar à força esse espaço. A impressão é que parte deles é de lutadores de academia contratados. É uma clara violação do direito internacional. Há indícios de participação do governo brasileiro na facilitação da invasão da embaixada da Venezuela.”
Pelo Twitter, a deputada federal Erika Kokay alertou para o ato fascista: “Embaixada da Venezuela é invadida em Brasília em ato criminoso que fere a soberania e a democracia. Exigimos investigações e responsabilização dos culpados! A invasão da Embaixada da Venezuela no Brasil repete o que ocorreu no dia 10 de novembro na Bolívia, quando o território venezuelano também foi invadido.