As lives de músicos que têm levado seus shows para as redes sociais durante a pandemia do novo coronavírus chamaram a atenção, com artistas como Jorge e Mateus chegando a atingir 3 milhões de visualizações simultâneas no último fim de semana. Mas a produção das emissoras de TV utilizando alternativas semelhantes ainda é modesta. As informações são do UOL.
O colunista Chico Barney lamenta o fato de as emissoras não utilizarem meios digitais para a exibição de programas de entretenimento como o Altas Horas e o Domingão do Faustão.
"Me incomoda demais, já falei sobre isso, a falta de as emissoras abraçarem esse formato mais caseiro ou mesmo uma produção mínima como a de Jorge e Mateus, como Gusttavo Lima, nas suas programações. Eu ressinto muito de não ter um Serginho Groisman ao vivo de casa, de não ter um Faustão, de não ter seja quem for", afirma Barney.
"Existe um desafio imediato de as programações de TV de colocarem isso na rua também. Se o Péricles consegue tocar um banjo todo dia uma hora e engajar milhares de pessoas. Acho que a Globo tem um canhão muito forte, enfim, as outras emissoras a gente sabe que tudo acontece com mais lentidão, talvez, mas acho que existe aí um movimento de negócio, de entretenimento e de formato de produção, que precisa ser liderado de alguma forma pelas emissoras também", completa Barney.
Maurício Stycer também acredita que as emissoras ainda levarão um tempo para adotarem alternativas com programas gravados de forma remota no ambiente de apresentadores. "Talvez, como tudo o que acontece na televisão, vai demorar um tempo para as emissoras entenderem isso e adaptar, isso já numa segunda etapa", afirma Stycer.