“A diretoria executiva do PSL em Mato Grosso excluiu de suas fileiras o secretário e tesoureiro do partido no município de Tabaporã (657km de Cuiabá), Adonias Correa Santana, que agrediu um morador de rua em Sinop e filmou toda ação”, relata o site Olhar Direto, do Mato Grosso. Segundo o presidente do partido, Aécio Rodrigues, a medida foi tomada assim que a cúpula tomou conhecimento do ato cometido por Adonias. “Foi excluído no ato”, resumiu. As informações são do IG.
O vídeo foi publicado na internet na manhã de quinta-feira (9). As imagens mostram Adonias conversando com um pedinte. Ele pergunta se o homem quer R $20 e quanto ele consegue ganhar na rua por dia. Logo depois, outro homem, que está filmando, fala para que o madeireiro dê mais R$ 5.
Com uma nota de R$ 5 na mão, Adonias pede para que o homem chegue mais perto. Neste momento, lhe dá um tapa no rosto, e diz: “vai trabalhar, vagabundo!”. O pedinte fica sem reação.
O vídeo foi compartilhado em diversas páginas de todo o Brasil, causando indignação.
Juninho Pernambucano contrata advogado para pedindo e vai envia a clinica de recuperação
Juninho Pernambucano anunciou nesta sexta-feira (10) que contratou um advogado e irá enviar a uma clínica de reabilitação para dependentes, o morador de rua que foi agredido por um madeireiro que o enganou fingindo dar dinheiro, em vídeo viralizado na quinta-feira nas redes sociais.
O ex-jogador e ex-comentarista do grupo Globo usou as redes sociais para falar sobre o assunto, em um texto via Twitter, leia o que ele escreveu:
"Pra quem se sensibilizou com o vídeo, do rapaz que leva um tapa no rosto por pedir dinheiro, é o seguinte. Falei com Rogério Pereira, que é professor de processo penal e advogado, que foi até a casa dele. Ele se chama Anderson. Anderson é dependente químico, antes de criticá-lo, saiba que na maioria das vezes, o caminho das drogas, é o único que é capaz, para muitos, de trazer algum prazer em estar vivo. Não incentivo ninguém a usar, mas não me acho no direito de dizer o que cada um deve fazer com seu corpo, pois a única coisa intocável que você tem, é sua vida, sua liberdade, mesmo que seja pra fazer mal a você mesmo. Sou contra a política violenta de combate às drogas, já provado que não traz resultados esperados. Tenho mais opinião sobre esse assunto, mas não vou me alongar. E repito, não incentivo ninguém a usar. Tenho três filhas e uma neta e conversamos sobre tudo sem tabu. Não escondemos nossos sonhos e desejos humanos, como todos tem pois assim é mais fácil, entender que não poderemos , realizar todos eles.
Dito isso, com o Rogério Pereira, estamos enviando hoje, o Anderson, com seu consentimento, para uma clínica especializada em dependência química, onde ele ficará no mínimo três meses. A família do Anderson só falou coisas boas dele. E sabe que ele precisa de ajuda.
Não adianta darmos a ele, as doações que muitos de nós, queríamos fazer, pois claro, ele não suportaria a tentação do uso. Se ele precisar ficar 1 ano, ficará, mas queremos ele recuperado e de volta a sociedade como exemplo pra outros. Depois da cura, caso seja alcançada.
o Anderson precisará antes de tudo(enchem a boca pra falar, tem que dar educação, não dê nada de dinheiro, ele só vai pedir depois etc..)isso é discurso elitista e egoista, algo que vem antes da educação. Que é DIGNIDADE HUMANA. Ninguém será educado sem um mínimo de dignidade
assim, o ajudaremos a trabalhar, se alimentar e seguir seu caminho. Vai dar certo ? Não sabemos. Mas é o único provável caminho que poderá recupera-lo e reintegra-lo a sociedade. Quanto a agressão sofrida, será muito, mas muito mais difícil, esquecê-la, que se liberar do vício.
depois da tortura(imensurável, inexplicável) a humilhação, é a pior agressão feita ao ser humano, ela agride muito mais que o tapa em si. Sobre isso, o Rogério Pereira se responsabilizará do processo. Agradecendo a todos a intenção de ajuda, seja ela por sentimento ou doações.
O homem que agrediu o morador de rua se trata do empresário Adonias Correia Santana, madeireiro, que acumula nada menos que 22 processos. O caso aconteceu em Sinop, no Mato Grosso.