Empresas proíbem uso de smartphone no serviço em Teresina

É comum ver funcionários que chegam a atrasar o atendimento

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A evolução da tecnologia ajudou a encurtar distâncias, descobrir novos mercados e fechar bons negócios. Mas a má utilização dessas ferramentas também pode prejudicar o desempenho dos funcionários e colaboradores. Clientes chegam a ficar irritados quando um funcionário, ao invés de agilizar o atendimento, checa as mensagens nas redes sociais e bate-papo através do WhatSapp. Mesmo sem uma lei especifica, as empresas no Piauí estão cientes da atual problemática e já encontraram maneiras para se adaptar a essa nova realidade.

O diretor de Marketing de uma empresa em Teresina, Plínio Lopes, reconhece que a tecnologia é uma aliada na promoção de qualquer companhia, mas o uso deliberado do celular pessoal retira a atenção do funcionário e compromete o atendimento do cliente. Por isso, a empresa a qual trabalha, que é referência no setor de decoração e presentes, inovou ao disponibilizar smartphones para que os colaboradores mantenham contato com a clientela.

“Nós possuímos normas que regulam o uso de aparelhos celulares durante o horário de serviço. Desde a entrevista de emprego deixamos isso bem claro. Entretanto, há algumas situações que o colaborador precisa manter o contato com o cliente para efetivar uma compra. Dessa forma, decidimos colocar a disposição deles, em todas as nossas filiais pela cidade, aparelhos onde eles podem continuar esse atendimento”, explica.

Plínio Lopes disse que, para evitar distrações, os aparelhos devem ficar nos armários, onde os funcionários guardam os objetos pessoais e podem ser utilizados durante o horário do lanche e almoço. “Se por acaso os familiares precisarem falar com um dos nossos colaboradores, eles poderão ligar para a nossa telefonista que prontamente chamará o funcionário. Não podemos fugir da realidade, trabalhamos com as redes sociais. No entanto, prezamos pela qualidade do atendimento”, acrescenta.

Outras empresas, apesar de também não gostarem do uso particular do telefone, não deixam explícita a norma de proibição. O empresário de Teresina, Luciê Viana, explica que deve haver bom senso por parte dos funcionários para que o uso das redes sociais não atrapalhe o serviço. “As pessoas devem distinguir a horário de trabalho com o de lazer, apesar de não deixarmos isso explicito, é saber de todos que não é permitido usar smartphones no ambiente da loja. Aqueles funcionários que estão distraídos por causa do aparelho, são advertidos”, revela.

Para dirigente, o bom senso deve prevalecer

De acordo com presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Teresina, Evandro Cosme, mesmo reconhecendo a problemática do uso de smartphones por funcionários no horário de trabalho, a instituição ainda não discutiu o assunto, pois a classe empresarial ainda não a colocou na pauta nas discussões. Por isso, não há uma norma que regulamente a proibição do uso de smartphones durante o serviço, sendo assim, cabe a cada empresa definir a sua regra.

“Não há nenhuma determinação da Câmara sobre a proibição, como há empresas mais flexíveis do que outras em relação ao uso de aparelhos celulares, cada uma deve encontrar o caminho para resolver esse problema com os seus funcionários. Mas é do saber de todos que o bom senso deve prevalecer. O uso pessoal do smartphone por funcionários só deve ser feito durante os horários de intervalo”, afirma.

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