Enchentes provocam desabastecimento no Maranhão

As frutas e hortaliças produzidas no Maranhão são insuficientes para abastecer todo o estado.

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Com as estradas bloqueadas por causa das enchentes, municípios do Maranhão enfrentam desabastecimento. Quando os produtos chegam, estão com os preços muito altos.

Mesmo em São Luís, os caminhões demoram tanto para chegar por causa das interdições, que os produtos que chegam já vão direto para o lixo.

As frutas e hortaliças produzidas no Maranhão são insuficientes para abastecer todo o estado. Quase tudo vem de fora. A dificuldade para chegar até os municípios acaba encarecendo os produtos. Um dos recordistas é o preço do quilo do quiabo, que aumentou de R$ 3 para R$ 5.

Nem a melancia produzida no estado escapou da especulação. Custava R$ 3 e agora passou para R$ 7.

O trânsito no quilômetro 415 da BR-316 está interrompido há 13 dias. Equipes do departamento nacional de infra-estrutura de transportes (DNIT) e de uma empreiteira estão fazendo os últimos trabalhos para aterrar a cratera. A previsão é que a rodovia seja liberada até domingo (10).

Em Bacabal, o Rio Mearim está 5,5 metros acima do nível normal. O parque de exposições de animais é o refúgio de centenas de famílias.

Cheia no Norte

O número de desabrigados por causa da cheia no Amazonas chega a 100 mil. Dos 62 municípios do Amazonas, 43 foram atingidos pelas enchentes. Muitas famílias abandonaram as casas para viver em barcos ou foram para outras cidades.

Em Barreirinha (AM), as águas do Rio Amazonas já tomaram 90% do município e continuam subindo. Para transitar pelas ruas, os moradores usam canoas. A água invadiu a delegacia, o posto de saúde e escolas. Mais de 10 mil crianças estão sem aulas no estado.

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