Em comunicado oficial à imprensa na segunda-feira, 22 de outubro, a Enel Green Power, subsidiária brasileira de energia renovável do grupo italiano Enel, anunciou o início da construção do parque solar São Gonçalo, no Piauí. Com investimento estimado em R$ 1,4 bilhão, o empreendimento ficará localizado em São Gonçalo do Gurgueia e tem potência de 475 MW.
Esta é a maior planta solar fotovoltaica atualmente em construção na América do Sul e a previsão é que entre em operação em 2020. “O início da construção desta planta fotovoltaica fortalece a nossa liderança no setor brasileiro de energias renováveis e confirma mais uma vez a importância que damos ao desenvolvimento da energia solar no país”, sinalizou Antonio Cammisecra, responsável da Enel Green Power, linha global de negócios de energias renováveis do Grupo Enel. “São Gonçalo vai contribuir para a diversificação e a resiliência da matriz energética do país, respaldando um ciclo econômico virtuoso por meio do fornecimento de energia sustentável no longo prazo", disse.
A estimativa é que quando estiver em plena operação, o empreendimento tenha a capacidade de gerar mais de 1.200 GWh por ano, contribuindo também com a preservação do meio ambiente ao evitar a emissão de mais de 600 mil toneladas de CO2 na atmosfera. Da capacidade instalada total de 475 MW, 388 MW foram conquistados pelo Grupo Enel no leilão brasileiro A-4, em dezembro de 2017, e estão apoiados por contratos de fornecimento de energia de 20 anos para um pool de distribuidoras que operam no mercado regulado. Os 87 MW restantes vão gerar energia para o mercado livre.
No Brasil, o Grupo Enel, por meio de suas subsidiárias EGPB e Enel Brasil, possui uma capacidade instalada total de renováveis de mais de 2,9 GW, dos quais 842 MW de energia eólica, 820 MW de energia solar fotovoltaica e 1.269 MW de energia hídrica. Além disso, a EGPB tem mais de 1 GW em execução no Brasil, conquistados nos leilões de 2017.
A Enel Green Power é líder global no setor de energia verde com uma capacidade gerenciada de cerca de 43 GW em um mix de geração que inclui eólica, solar, geotérmica e hidrelétrica, e está na vanguarda da integração de tecnologias inovadoras em usinas renováveis.
Piauí é o único do país com cobertura total na atenção básica
A Confederação Nacional dos Municípios (CNM) divulgou um panorama inédito sobre a situação da saúde no país, principalmente no que tange aos leitos em hospitais. O levantamento ainda faz uma síntese sobre a atenção básica nos entes federativos, apontando que o Piauí é o único Estado que apresenta cobertura total (100%) de sua população na Atenção Primária. Os dados são deste ano e ainda revelam que os Estados de São Paulo (60%) e Distrito Federal (61%), que estão entre os mais populosos do país, apresentam a menor taxa de cobertura.
A média de cobertura no Piauí é 25% maior do que a obtida na média nacional (75%). De acordo com a instituição municipalista, atualmente, com os esforços dos municípios, o percentual de cobertura dos serviços da atenção básica de saúde ofertados pelo Programa de Saúde da Família alcança mais de 150 milhões de brasileiros. Essa população conta com as ações de prevenção, promoção e recuperação da saúde. Porém essa cobertura expressiva da atenção básica, e que certamente demanda serviços ambulatoriais e hospitalares de média e alta complexidade, não tem reflexo na abertura de novos leitos hospitalares, nem mesmo como um mecanismo compensatório para a população descoberta de serviços básicos, uma vez que em 25 Estados houve queda no índice de leitos por habitante.
Para conseguir traçar o panorama, a Confederação apontou que sua área técnica de Saúde apresentou um estudo exploratório e descritivo, que tem como fonte dados secundários do Datasus, portal do Ministério da Saúde que disponibiliza informações para subsidiar análises objetivas da situação sanitária, tomadas de decisão baseadas em evidências e elaboração de programas de ações de saúde. No caso específico deste estudo, a CNM utilizou as bases das Informações de Saúde (Tabnet), Rede Assistencial, Cnes Recursos Físicos; Hospitalar-Leitos Internação.
Piauí é o campeão em leitos por habitante no Nordeste
Estudo da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) aponta que o Piauí é o Estado do Nordeste com a maior proporção de leitos SUS e não SUS por mil habitantes. O índice no Estado é de 2,36/1000; ao todo, são 7.611 leitos.
No Brasil, o Piauí é o quinto, ficando atrás apenas de Rondônia, Paraná, Rio Grande do Sul e Goiás. Segundo a instituição municipalista, os Estados de Goiás (2,5/1.000 habitantes) e Rio Grande do Sul (2,7/1.000 habitantes) possuem os melhores índices entre as Unidades Federativas e podem ser enquadrados na taxa ideal de leitos segundo o Ministério da Saúde, que fica entre 2,5 e 3 leitos para cada mil habitantes, revogada pela Portaria de Consolidação. No entanto, se considerarmos o índice preconizado pela OMS de 3 a 5 leitos para cada mil habitantes, nenhum Estado brasileiro se enquadra nesse indicador. A CNM aponta que a verificação do total de leitos hospitalares SUS por Estado depende da qualificação do
dado. Nesse caso, esse processo será analisado de acordo com o comparativo de leitos habilitados ou desabilitados entre 2008 e 2018 nos Municípios do interior dos Estados em relação a sua respectiva capital. Ao analisar o número global de leitos, excluindo as capitais dos Estados, a redução chega à ordem de 13%. Nas regiões Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste houve uma redução de 9.469 (13%), 20.561 (20%) e 2.170 (13%), respectivamente. Apenas nas regiões Sul e Norte houve uma manutenção do quantitativo de leitos.
O levantamento ainda revela que na região Nordeste, Teresina (Piauí) e São Luís (Maranhão) foram as duas principais capitais que aumentaram o quantitativo de leitos, 5,27% e 4,62% respectivamente. Já Aracaju (Sergipe) e Maceió (Alagoas) foram as duas capitais do Nordeste com maior diminuição de leitos: -23,73% e -17,67%. Para o mesmo período, nenhuma capital da região Sul apresentou aumento de leitos SUS para internação. Florianópolis e Curitiba foram as duas cidades que mais fecharam esse tipo de unidade: -22,18% e -20,01%.