Há 630 km de Teresina, Bom Jesus, ao Sul do Piauí, é uma cidade de 25 mil habitantes. Por lá existe a primeira orquestra de rabecas do Brasil. No município, o potencial artístico da juventude é grande. Gabriela Rodrigues, por exemplo, é rabequeira com orgulho. “É uma arte que eu gosto muito. Já toco há quatro anos. Para Bom Jesus, já é uma cultura tradicional muito apreciada”, revela.
O Festival de Rabecas acontece todos os anos, e a Escola de Teatro dá oportunidade para muitos jovens da região. “Estamos trabalhando há seis anos. Quando não tínhamos espaço, já nos conectávamos com esses jovens para mostrar a arte e a cultura”, revela Francisco Rodrigues, coreógrafo.
Fabrina Fonseca é uma das alunas e aprova o serviço. “O teatro foi muito importante para a minha vida. Sei de muita gente que também se transformou. O teatro não é só hobby. Cheguei aqui muito tímida, então até para apresentar trabalho na escola ficou melhor”, explica.
A religiosidade da população também é marca registrada de Bom Jesus, que tem como padroeira Nossa Senhora das Mercês. Marcos Antônio, bispo, conta que os festejos são tradicionais. “Isso não perdeu o brilho com a pandemia. Temos manifestações de solidariedade e pessoas participando através da internet”, aponta.
Já no segmento do turismo, os Cânions do Viana são um paraíso imagético na região. E isso transforma a vida das pessoas. Ilene Alves, guia turística, estava desempregada antes do “hype” do local. “Eu sou filha da região, conheço bem, pois sou nascida e criada. Trabalho com meus irmãos, a gente recebe o pessoal em casa, onde oferecemos almoço e café. Está sendo muito bom”, testemunha.
Na economia, Bom Jesus lidera uma das principais exportações do Piauí, com a produção de grãos. Mas no início era difícil, em uma região onde não tinha energia. “Antes era muito difícil. Mas depois que ligaram a luz, nossa vida mudou para muito melhor. Começamos muito pequenininhos. Nós trazíamos tudo da cidade”, revela a produtora Lurdes Fabri.
É impossível ignorar a força do agronegócio do local. Existe uma subestação para atender apenas os produtores de grãos e gado na produção de riquezas. “Fizemos uma ampliação das subestações para atender o Cerrado, uma região que cresce muito. Estamos trazendo progresso e um suporte energético maior. Também temos uma subestação na zona urbana, ampliando o ponto de suprimento”, explica Antonio Noberto, serviços técnicos da Equatorial.
Sama Costa, representante da Equatorial, explica que os munícipes podem procurar diversos serviços, como a tarifa social e a segunda via das contas. “Temos atendimento presencial em Bom Jesus, além de todos os canais de comunicação”, acrescenta.
O município que já é rico pelo solo fértil e águas subterrâneas agora pode crescer ainda mais com energia de qualidade ao alcance de todos. É desenvolvimento social e econômico que caminham juntos.