Através de portaria publicada na segunda-feira(2) foi possível flexibilizar a oferta de ensino técnico pelas universidades privadas.
Isto significa que de agora em diante instituições não precisarão mais de autorização dos conselhos estaduais de educação. Esse tipo de mudança traz de benefícios a agilidade, já que o processo poderia demorar até dois anos. O aval será dado pelo próprio Ministério da Educação.
O anuncio da mudança foi feio pelo titular da pasta, Victor Godoy Veiga, durante o Congresso Brasileiro da Educação Superior Particular (CBESP).
Ensino técnico brasileiro
Vale lembrar que o número de matrículas do ensino técnico brasileiro praticamente estagnou em 1,8 milhões de estudantes desde 2015 (passou de 1,82 milhões naquele ano para 1,89 milhões em 2021). O que é um problema na avaliação do diretor presidente da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES) e secretário executivo do Fórum, Celso Niskier.
— O jovem quer uma formação mais rápida para acessar o mercado de trabalho. Na área de tecnologia da informação, por exemplo, há uma demanda de quase 400 mil vagas para os próximos anos e apenas um terço disso de alunos formados para ocupá-los.
Curso de graduação
Para oferecer os cursos técnicos, as universidades precisam ter conceito acima de 3 (numa escala de 1 a 5) no Índice Geral de Cursos ou Conceito Institucional; dentre outros aspectos.
O Brasil, de acordo com ele, hoje tem 10 mil polos de universidades privadas. Se metade delas oferecerem cem vagas, são 500 mil somadas, um crescimento de 25% das matrículas no ensino técnico brasileiro, estimou Niskier.